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Servidores desenvolvem projetos de inovação e sustentabilidade
Consumo Racional
Pensar em soluções que sejam inovadoras e sustentáveis é um desafio presente não só em empresas e indústrias, mas também em instituições como o IFFluminense que tem seu compromisso pautado em uma sociedade mais justa, ambientalmente consciente e economicamente viável, de forma a buscar um desenvolvimento sustentável que atenda a todos.
Mais do que produzir conhecimento e desenvolver tecnologia, é importante também fazer o dever de casa. Assim como nas residências os moradores procuram economizar energia e água, no Instituto não é diferente. É importante buscar alternativas e boas práticas de gestão do uso desses recursos. Dessa forma, o Edital n.º 133, lançado em junho de 2016, selecionou oito propostas de projetos para redução de despesas de custeio no IFFluminense, por meio dos Sistemas de Inovações para Sustentabilidade (SiS), e para captação de recursos em agências de fomento.
Os projetos selecionados estão recebendo apoio para elaboração de propostas competitivas e respectiva submissão. Na tarde dessa quinta-feira, 08 de dezembro, os coordenadores dos projetos se reuniram com a equipe da Diretoria de Internacionalização e Inovação para avaliar o andamento das propostas, trocar ideias e sugestões e compartilhar experiências. “É um momento de feedback, para sabermos no que eles tem avançado”, conta Henrique da Hora, diretor de Internacionalização e Inovação.
Por meio do edital, cada proposta conta com o apoio de três bolsas de fomento: uma Bolsa para Pesquisador (BPesq), uma Bolsa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti-IFF) e uma bolsa de Extensão Tecnológica. “Nosso objetivo é dar condições, suporte, para os pesquisadores aprimorarem suas ideias e terem condições de buscar recursos em agências de fomento”, complementa Henrique. O trabalho iniciou em agosto e termina no final de dezembro. A partir daí, a tarefa será submeter os trabalhos em editais nacionais, e, para isso, os coordenadores estão recebendo orientações sobre os caminhos a seguir.
De acordo com Henrique, mesmo que as propostas não tenham o êxito esperado, o processo de submissão é importante. “As respostas das agências irão nos auxiliar no aprimoramento dos projetos. É uma avaliação externa importante para conhecermos os erros e acertos e darmos os encaminhamentos necessários”, acredita.
Entre os projetos selecionados, “Retrofit nas salas do IFFluminense”, do Campus Campos Guarus, visa aferir o consumo de energia e propor soluções técnicas para alcançar a redução com a implantação de tecnologia integrada à arquitetura da sala de aula. “Nossa ideia é produzir esta tecnologia – o acionador. Seria como um cartão de hotel, que aciona a energia elétrica do quarto quando inserido no local indicado, só que mais aprimorado e mais adequado ao perfil estudantil”, explica Francisco Marçal, servidor responsável.
O projeto “IFF Sustentável”, já bem conhecido pela comunidade interna do Campus Campos Centro, também está entre os aprovados. “Nossa trabalho é de conscientização e de comunicação, porque é possível reduzir o consumo com medidas pequenas: substituir o copo descartável, por exemplo, adesivos relembrando de apagar a luz e desligar aparelhos quando sair da sala, um guia de boas práticas, além de um espaço de convivência ao ar livre. São pequenas coisas que podem fazer a diferença”, acredita Mônica Chagas, servidora responsável. O projeto tem como base os 5R´s: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar.
Em São João da Barra, a proposta da servidora Giovana Almeida é de aproveitamento de água da chuva. “Nesse momento, estamos coletando informações do índice pluviométrico para justificar o projeto”, explica. Com o título “Reuso de águas pluviais para irrigação e limpeza no IFFluminense Campus São João da Barra”, o trabalho está divido em duas etapas: a primeira, de conscientização, e a segunda, de implantação de medidas de economia de água e montagem de um sistema de captação de águas pluviais utilizando o telhado do instituto como área coletora.
O Polo de Inovação vem desenvolvendo e empregando em aplicações reais Medidores Inteligentes para o controle de consumo (e geração) de água e energia. O projeto pretende instalar tais medidores em diferentes pontos do campus e obter as medidas precisas de consumo de energia, melhorando seu uso racional, além de equilibrar a matriz energética. “Este projeto é parte de algo maior, que é fazer um campus inteligente”, enfatiza Juliana Monteiro, coordenadora do trabalho. O objetivo é que o Polo opere de maneira ainda mais sustentável do que já atua. “E disponibilizar essas informações online para servir de base para outras pesquisas”, complementa Juliana.
Já o projeto do servidor Washington Paravidino visa diminuir as contas de energia elétrica do Campus Centro. Para isso, propõe a instalação de três tipos de tecnologia de painel solar e, depois, comparar a eficiência dos painéis. Recentemente, ele visitou uma empresa de tecnologia de painel solar, em Campos-RJ, para conhecer e buscar informações.
Também estão entre os projetos selecionados o reaproveitamento da água que escoa dos aparelhos de ar-condicionado para uso em atividades cotidianas, de autoria da servidora do Campus Campos Guarus, Carolina Relvas; no Campus Bom Jesus, o professor Daniel Coelho propõe o “Tratamento e reúso de efluentes agroindustriais e domésticos utilizando sistemas alagados construídos com fins de embelezamento paisagístico”. A proposta objetiva aplicar tecnologias de tratamento e reúso de águas residuárias por meio da implantação de estação de tratamento compacta, associada aos sistemas alagados construídos; em Cabo Frio, está sendo desenvolvido o projeto “Automação de iluminação para eficiência energética”, do prof. Flávio Feliciano, que prevê a construção de sensores de corrente para medir e quantificar os gastos e a utilização destes sensores para automatizar a iluminação; em Maricá, o foco é a nova sede do campus, prevista para 2017, com redução de consumo, desenvolvimento de competências e a inclusão da comunidade local em estratégias de inovação sustentável na geração e/ou utilização dos seguintes recursos: papel, serviço de reprografia, copos descartáveis, combustível, água não potável e energia elétrica. O trabalho é coordenado pela servidora Carla de Almeida; já em Itaperuna, a proposta coordenada pelo professor Adriano Ferrarez prevê a “Criação da comissão do uso racional de energia, água e materiais”, para realizar estudos e implementar ações visando à sustentabilidade do campus.
Comunicação Social da Reitoria