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Mesa-redonda promove discussões sobre a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão
Mostra de Extensão e Pós Graduação
A mesa-redonda faz parte da programação da XIII Semana de Ciência e Tecnologia, realizada numa parceria entre o Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Foi composta pelos professores Regina Henriques, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj); Francisco Estácio, da UFF; e Rodrigo Martins, do IFFluminense, sendo mediada pelo professor Renato da Mata, da Uenf.
Durante a mesa, Regina Henriques fez um apanhado histórico da trajetória da extensão universitária no Brasil e expôs a necessidade de se realizar de fato a integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão, discurso que, segundo ela, está desgastado e vem perdendo a sua força e o seu significado por não ser posto em prática. “Há uma diversidade muito grande sobre o que se concebe como extensão, mas sabemos que ela deve nascer do diálogo com a comunidade externa à universidade e que não pode se tornar um conhecimento de dominação, mas de emancipação. Temos muitos desafios a vencer para alcançar o entendimento de que a extensão não é um apêndice da universidade ou uma atividade feita por voluntarismo: trata-se de um fazer acadêmico”, destaca Regina.
Já Francisco Estácio falou sobre aspectos que precisam ser considerados no ensino universitário, tais como a conexão entre teoria e prática; a flexibilização dos currículos; a mobilidade acadêmica, ou seja, a possibilidade de alunos e servidores incrementarem sua formação com atividades pluri-institucionais; e a importância do estágio na formação acadêmica. “Na nossa época, é preciso ter em mente que o professor não é mais um “chip” do aluno, já que os conhecimentos estão facilmente disponíveis no mundo virtual. Cabe ao docente refletir junto com seu aluno, problematizar junto, pensar junto”, explica Francisco, ressaltando ainda que “a universidade precisa reafirmar constantemente sua autonomia garantida por lei e o seu papel de democratizar o ensino, bem como repensar o modelo atual de produção científica, no qual os professores são pressionados a produzir em quantidade, o que compromete a qualidade dos seus trabalhos”.
O professor Rodrigo Martins colocou como ponto central a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão, explicando que, na atividade investigativa, é possível levar conhecimento aos estudantes que dela participam e oferecer à sociedade uma solução, um conhecimento novo. O professor destacou a urgência da inovação no contexto universitário. “Os nossos instrumentos mudam, mas o nosso modelo de aula é o mesmo. Temos uma sala de aula do século XIX, com professores do século XX, mas com alunos do século XXI”. Rodrigo também enfatizou a ligação que deve existir entre setor produtivo e pesquisa acadêmica. “Quando uma indústria fecha, todos os saberes de anos, produzidos ali dentro, se perdem, por isso a academia deve ser parceira dessas empresas na busca de soluções”, finaliza Rodrigo.
O evento prossegue até a próxima sexta-feira, dia 21 de outubro. Confira a programação completa AQUI.
Comunicação Social da Reitoria