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Encerramento do Confict marca defesa pela educação
Pesquisa e Inovação
Discursos objetivos, mas fortes, em defesa da educação, marcaram a cerimônia de encerramento do VIII Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica na noite dessa quinta-feira (7), no Centro de Convenções da Uenf, uma das instituições realizadoras do evento ao lado do IFFluminense e da UFF.
Em sua oitava edição, o Congresso oferece, a cada ano, novas e mais demontrações de sua importância e grandeza, não apenas na integração entre três relevantes instituições do interior do estado do Rio de Janeiro, como também pela qualidade e quantidade de pesquisas que vêm sendo realizadas, em diversas áreas do conhecimento, gerando possibilidades para o desenvolvimento da sociedade e ratificando a importância do investimento na educação.
Durante três dias, a programação contou com palestras, mesa-redonda, minicursos, apresentações culturais e apresentações de 524 trabalhos científicos na forma oral e de banner que abordam pesquisas e reflexões sobre as inter-relações entre ciência, tecnologia e sociedade.
“É reconfortante ver as pessoas dentro da universidade porque é assim que queremos ver a Uenf, com a comunidade usufruindo de seus espaços e realizando as atividades”, discursou o reitor, Luis Passoni, fazendo referência à greve que se estende desde março. “A qualidade das pesquisas mostra o que podemos oferecer à sociedade em termos de desenvolvimento econômico e social (...) damos aqui a nossa mostra de resistência e de nossa capacidade”, disse.
O reitor do IFFluminense, Jefferson Manhães de Azevedo, ressaltou que a realização do Confict simboliza “um posicionamento político das instituições com relação a construir um projeto de nação que compreende a formação de seus estudantes não para serem especialistas nas tecnologias, mas como parte de uma rede de construção de conhecimento”. De acordo com Jefferson, instituições de educação fortes são elementos estratégicos para romper o atraso político e ético e transformar o Brasil em uma grande nação.
Além dos reitores, compuseram a mesa de encerramento a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Uenf, Rosana Rodrigues; o pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFFluminense, Vicente de Oliveira; e a representante da UFF, Antenora Siqueira. “Sabemos que é uma luta cotidiana construir esta relação entre as três instituições, e a realização do Confict mostra a importância da ciência, da tecnologia e da educação para o desenvolvimento do país”, destacou Antenora.
Premiação: a cerimônia de encerramento ainda contou com a premiação dos melhores trabalhos, tanto banner como apresentação oral. Dos 150 apresentados pelos estudantes do IFFluminense, 17 foram premiados (lista completa), entre eles, a pesquisa da estudante da Licenciatura em Letras e bolsista Pibic, Adriana Cleusa de Miranda, com o trabalho “Atlas linguístico da Baixada Goitacá”. Iniciado em agosto/2015, o trabalho tem como objetivo identificar as formas linguísticas da baixada campista e elaborar um atlas que servirá para pesquisas, registro histórico e também para combater o preconceito linguístico. “O atlas será produzido a partir desses fenômenos da língua (morfossintaxe, semântico, discursivo, lexical), que vai além das curiosidades da fala”, explica.
O trabalho ficou em 1º lugar em banner na área de Linguística, Letras e Artes. “Fiquei muito surpresa. É a primeira vez que participo de um projeto de pesquisa e acredito ser um reconhecimento”, enfatiza Adriana. O trabalho é orientado pela professora Vania Bernardo.
Comunicação Social da Reitoria