Quem passou pelo Campus Campos Guarus nesta semana pôde conferir as diversas atividades promovidas pelo Conepe, como palestras, minicursos e apresentações de pesquisas científicas. Na manhã desta sexta-feira, os congressistas se dedicaram a apresentar seus trabalhos, tanto em forma de banner como também por meio de exposição oral.

 Os pesquisadores são estudantes e professores de diversas instituições públicas e privadas de Campos dos Goytacazes – RJ, e de demais cidades do interior do estado do Rio de Janeiro, bem como de municípios do estado do Espírito Santo. Foram expostos trabalhos de diversos campos do conhecimento e que provêm das áreas de Ciências Humanas, Exatas e Biológicas.

 Ana Carolina Baur, aluna da Licenciatura em Letras do Campus Campos Centro, apresentou seu projeto de pesquisa, que investiga o léxico campista, isto é, o conjunto de palavras utilizadas pela população de Campos e que marcam os falares da região. Ana Carolina explica que o trabalho tem por objetivo verificar se as palavras típicas do vocabulário do município estão sendo esquecidas e, para isso, aplicou questionário na área urbana da cidade, utilizando somente indivíduos campistas, de famílias campistas e que não moraram em outro local, e considerando as variáveis sexo, idade e escolaridade. A pesquisa já foi finalizada e, como resultado, apontou que esse léxico tem sido deixado de lado pelos campistas; está subutilizado.

 A estudante avalia positivamente a participação em eventos científicos como o Conepe. “Já havíamos apresentado na Uerj, na Uenf, na UFF e agora estamos apresentando no IFF. Nós, em cursos de licenciatura, costumamos ter menos contato com a pesquisa científica, mas vejo que ela é muito importante para ampliar nosso campo de visão e para inovarmos na nossa prática de professor, haja vista que grande parte dos textos que lemos são muito antigos”, afirma.

 Ana Lúcia Poltronieri, orientadora desse projeto de pesquisa, foi uma dos muitos orientadores que estiveram presentes no evento, juntamente com os seus orientandos. A atitude desses professores no Conepe, algo atípico em congressos, foi muito elogiada pelos avaliadores dos trabalhos. “Foi bastante interessante ver os orientadores junto com seus estudantes, incentivando, estimulando e dando força principalmente para os que estão estreando”, diz Ana Carla de Souza, avaliadora. Ana Poltronieri ressalta a importância de o professor acompanhar seu orientando. “Eu faço questão. O orientador deve acompanhar o estudante em todas as etapas do projeto de pesquisa e não só no momento de dar as diretrizes”, diz.

 A programação do Conepe segue para fim às 14h com a cerimônia de encerramento e a premiação dos melhores trabalhos.

Nos bastidores: em um campus que conta com um curso na área de artes, como é o Campus Guarus, não é difícil ver os estudantes mostrando seus talentos nos corredores e espaços de convivência. Durante a manhã de hoje, Alex França, da Licenciatura em Música, despertou as atenções de quem passava pelo hall do Bloco A e empolgou os envolvidos no Conepe, enquanto tocava algumas melodias populares no seu saxofone. “A música é uma importante área do conhecimento e tem um grande poder de interação. Ela me liberta da mesmice”, finaliza Alex. 

Comunicação Social da Reitoria