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Programa Empoderadas tem importância destacada por participantes
Mulheres
Aula do Programa Empoderadas, realizada no Núcleo do IFF Campus Campos Centro (Foto: Divulgação).
As aulas de defesa pessoal e orientação, através de várias técnicas e métodos, acontecem nas terças e quintas-feiras, às 16 horas. De acordo com a coordenadora do Núcleo, Roberta Menezes, uma característica do treinamento é que ele não tem um começo, meio e fim, como acontece geralmente com os cursos. "Não tem meio e fim porque, infelizmente, os agressores, os importunadores, os assediadores, a cada dia buscam novas técnicas e meios para assediar, importunar, pra estuprar as nossas mulheres. Então, não existe um fim para aprender medidas protetivas", detalha ela.
Além das técnicas de defesa pessoal, o Programa Empoderadas tem uma abordagem teórica que visa a levar as meninas e mulheres a terem maior percepção de risco nos vários ambientes por onde transitam. O Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense está sediando o segundo polo do programa - o primeiro fica no subdistrito de Guarus - em parceria entre Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis) e o Empoderadas. As vagas do curso são destinadas não apenas às estudantes e servidoras do Instituto. Toda comunidade pode se inscrever e participar das aulas, como enfatiza Roberta:
"A comunidade externa é nossa convidada para estar com a gente nessas nossas aulas. Outro detalhe é que, às vezes, a mulher acha que para participar do programa, precisa ter sido vítima de violência. Na verdade, o Empoderadas é para toda mulher, até mesmo uma mulher trans. Nós trabalhamos medidas preventivas o tempo todo. A prevenção é o que salva, a gente precisa trabalhar esses métodos preventivos, que é o que nós do programa Empoderadas trabalhamos o tempo todo", explica ela.
Importante - Uma das participantes, a nutricionista Rebeca Rennó destaca a importância do curso e de como seu conhecimento do tema mudou: "Acho que a gente não percebia o quanto é tão impactando a questão de segurança da mulher. A gente anda na rua, sabe da questão dos perigos e tudo, mas não sabia o quanto, até ter aula teórica aqui, explicando sobre situações que podem ocorrer, o que você pode fazer. O fato de ter esse programa ensinando a gente como reagir está sendo muito importante".
Márcia Regina Pinto tomou conhecimento do curso em uma rede social. No dia 17 de agosto, ela esteve no campus para sua primeira aula. Aprovada no concurso da Polícia Civil, busca atender a necessidade de ter uma atividade física: "Foi uma das coisas mais atrativas pra mim, que vai ser necessária e ainda não tinha começado. É um projeto social, isso é muito importante e também para favorecer essa parte da defesa pessoal da mulher, que eu acho fundamental, principalmente pelo contexto de violência doméstica atual".
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