As aulas do curso são oferecidas na Sala de Espelhos, localizada no Ginásio de Esportes Fernando Duncan. Podem participar, as alunas do IFF Campus Campos Centro, servidoras, colaboradoras da instituição e ainda mulheres e meninas da comunidade externa. As atividades serão conduzidas por instrutoras do Programa Empoderadas, do qual o IFF Campos Centro é parceiro. 

   Falando sobre a violência praticada contra meninas e mulheres em Campos dos Goytacazes, munícipio que reflete a situação crítica do país em agressões, a coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis), Ivanisy Amaral Capdville, chamou atenção para a importância de uma rede de apoio para as mulheres: "A mudança nesse quadro depende de várias coisas, depende de rede de apoio, de segurança e depende também, de um trabalho de semente, de formiguinha em que a escola também tem esse papel".

   Ela ainda aponta, o papel da escola na qualificação de mulheres, para que elas possam ter sua formação e autonomia financeira. Relato da Patrulha Maria da Penha, feito ao Nugedis, mostra situações, em que vítimas voltam a conviver com seus agressores, em função da dependência financeira. A Patrulha integra os quadros da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

   Inauguração - O Polo do Programa Empoderadas no IFF Campus Campos Centro foi inaugurado em solenidade oficial que aconteceu no campus , na tarde da sexta-feira, 24 de março, com a participação de gestores do Instituto Federal Fluminense, equipes do Empoderadas, representantes da Patrulha Maria da Penha e outros parceiros. Representando o diretor-geral do campus, o diretor de Extensão, Alex Cabral lembrou que "em 2021 foi instituída a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher e o Campos Centro, este ano, saiu na frente para pensarmos essas ações, impulsionando reflexões críticas sobre esses assuntos da violência e dos direitos humanos", disse Alex. 

   O diretor da Diretoria de Assuntos Estudantis, Carlos Augusto Boynard destacou o engajamento do Campos Centro "em ações que possam trazer cidadania" para sua comunidade. "Ficamos muito felizes pela escola estar tendo essa oportunidade. É um projeto de extensão, não é somente para alunas e servidoras desta casa, mas para toda a comunidade. Temos certeza que esse fruto vai dar muitas outras oportunidades de crescimento. Essa casa tem sido acolhedora. Ela é contra a intolerância, contra os maus modos", ressaltou Boynard.