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Palestra e apresentações de pesquisas marcam último dia de Congressos

Confict e CONPG

Evento reuniu 2.939 participantes no Centro de Convenções da Uenf.
por Comunicação Social da Reitoria publicado 03/07/2018 15h18, última modificação 03/07/2018 16h08

 O X Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict) e o III Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG) foram promovidos pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Instituto Federal Fluminense (IFF) e  pela Universidade Federal Fluminense (UFF), de 25 a 29 de junho de 2018, no Centro de Convenções da Uenf, em Campos - RJ.

 O X Confict contou com a apresentação de 628 trabalhos de Iniciação Científica e Tecnológica e 730 trabalhos de Pós-graduação nas modalidades oral e banner. A programação ainda incluiu palestras e minicursos nas mais diversas áreas.

 A III sessão oral da Pós-graduação, onde estudantes das três instituições participantes apresentaram seus trabalhos, e a palestra “Ciência entre o Público e o Privado” compuseram a programação da manhã do dia 29.

 Josete Soares, aluna do Programa de Pós-graduação em Políticas Sociais da Uenf, apresentou o trabalho intitulado “Trajetórias de vida de deficientes visuais em Campos dos Goytacazes: quando a escuridão chega sem avisar”.

 A estudante explica que o trabalho faz parte da pesquisa do doutorado em Políticas Sociais e “o objetivo é investigar trajetórias de vida e escolarização de deficientes visuais na cidade, entender a história de vida de adultos que passam por essa situação e obtiveram a escolaridade superior (finalizada ou em andamento)”.

 Josete esclarece que a pesquisa parte da “análise das políticas públicas sociais presentes e disponíveis durante o percurso dessas pessoas, se foram acessadas ou não e o papel da família e da escola nesse processo de utilização dessas políticas”.

 O participante do Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (Profept), com polo no IFF, Leonardo Caetano, orientado pelo professor Adelson de Carvalho, apresentou o projeto desenvolvido com a também mestranda Camila de Carvalho.

 “Capoeira e identidade cultural: uma proposta integrada de ensino” é o título do trabalho que visa “apresentar uma proposta de sistematização da capoeira, de maneira integrada, entre a Educação Física e a Sociologia”, conforme explica o mestrando.

 Leonardo acrescenta que a capoeira, prevista pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, “vai além da luta e da arte marcial, pois tem vários contextos desde a sua criação. Ela se relaciona com a cultura corporal do movimento: é luta, dança e jogo ao mesmo tempo, no mesmo ato”.

 O aluno enfatiza que “a capoeira, como cultura, é influenciada por questões políticas, históricas, econômicas e sociais, o que é muito abordado na Sociologia, nesse contexto integrado que buscou-se trabalhar”.

 Após as apresentações orais, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Egberto Gaspar de Moura, ministrou a palestra “Ciência entre o público e o privado”.

 O palestrante expôs, durante a explanação, “alguns conceitos e dados em relação a essa polêmica que existe entre a pesquisa, o que é público, o que é privado, e a própria educação no nosso país. A ideia não é demonizar o que é privado e muito menos o que é público, mas mostrar a importância de termos uma visão geral de como é o nosso país e o que é feito em termos de educação e pesquisa, com os pés na realidade”.

 O professor acrescenta que “há muitos mitos sobre a universidade pública, gratuita e seu financiamento. Como por exemplo o mito de que, no Brasil, o ensino fundamental é privado e o superior, público; que a universidade pode se manter com doações; que a universidade pública não presta serviços à sociedade, entre outros, e isso passa constantemente pela imprensa, principalmente pela mídia mais liberal”.