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Seminário discute a importância do trabalho interdisciplinar para a permanência de estudantes

Assistência Estudantil

Evento reuniu profissionais que atuam com assistência estudantil no IFFluminense e discutiu a importância do trabalho em equipe.
por Comunicação Social da Reitoria publicado 22/11/2017 13h38, última modificação 22/11/2017 13h45
Show image carousel Márcia Chrysóstomo, coordenadora de Políticas Estudantis, ressaltou a importância do trabalho em equipe.

Márcia Chrysóstomo, coordenadora de Políticas Estudantis, ressaltou a importância do trabalho em equipe.

 O “I Seminário sobre o Trabalho Interdisciplinar no Acompanhamento e Intervenção com Estudantes do IFF, para a Permanência e Êxito Escolar” do Instituto Federal Fluminense foi realizado na tarde desta terça-feira, 21 de novembro de 2017, no auditório da Reitoria, em Campos-RJ.

 Com a participação de profissionais que atuam com assistência estudantil no Instituto, o evento é o resultado do projeto de intervenção da estagiária de Serviço Social da UFF, Tamyres Siqueira, que vem atuando desde 2016 junto à Coordenação de Políticas Estudantis da Diretoria de Desenvolvimento de Políticas Estudantis, Culturais e Esportivas.

 Como o próprio nome do seminário diz, o foco foi discutir a importância do trabalho interdisciplinar, envolvendo profissionais de pedagogia, psicologia, técnicos em assuntos educacionais e assistentes sociais, por exemplo, para que o estudante tenha condições de permanecer na escola e dar continuidade aos seus estudos com êxito, para além do recebimento de uma bolsa ou auxílio.

 “As questões sociais que envolvem a vida do aluno têm várias implicações e várias faces que precisam ser entendidas e atendidas, e que vão além do pagamento de um auxílio ou bolsa”, explica Márcia Regina Chrysóstomo, coordenadora de Políticas Estudantis. “O trabalho em conjunto e a vigilância é que garantem mais a permanência exitosa desse estudante”, acredita.

 De acordo com Tamyres, é importante fortalecer o trabalho interdisciplinar. “O foco principal nosso hoje é lançar sementes”, diz. “Fortalecer os vínculos entre os profissionais e reforçar a importância da interdisciplinariedade para construir novos caminhos para além da questão financeira. As bolsas são importantes, mas também existem outras particularidades que contribuem para a permanência do estudante”, destaca.

 A programação do Seminário foi iniciada com a apresentação musical de estudantes do Curso de Licenciatura em Música do Campus Campos Guarus; em seguida, contou com a palestra “A importância do trabalho interdisciplinar”, ministrada pela professora da UFF, Rosany de Souza. De acordo com ela, “é preciso ver o ser por inteiro, em sua totalidade, ultrapassando a visão específica de sua disciplina. E um único profissional não dá conta dessa totalidade que só pode ser atingida se cada um contribuir com sua área do saber”. Ela destacou ainda a necessidade de saber ouvir, saber negociar, entender as relações de poder, conhecer as necessidades dos alunos e minimizar os atritos entre profissionais, para maior efetividade das ações.

 Logo após, foi formada uma mesa redonda para uma análise de conjuntura, propostas e estratégias de atuação, com a apresentação dos seguintes temas: “Desafios para o trabalho interdisciplinar no âmbito da assistência estudantil do IFF”, com Jonis Felippe, assistente social do Campus Centro; “O trabalho da psicologia na assistência estudantil”, com a psicóloga Rhena Schuler, do Campus Guarus; e “Currículo e permanência: implicações”, ministrada pelo diretor de Políticas Educacionais, Carlos Lima. Em seguida, abriu-se para debate.

 Para a pedagoga do Campus São João da Barra, Alessandra Rocha, o evento foi interessante e produtivo. “A gente sempre ouve falar da interdisciplinariedade, mas não sabe, na prática, o que fazer para trabalhar efetivamente desta forma, então o Seminário foi uma luz”, relata. “Esses eventos precisam envolver mais pessoas para que a gente consiga romper com essa visão de que o aluno é culpado de tudo, de que ele não consegue porque não quer, porque não se esforça. Eu acho que o mais difícil é estabelecer essa visão institucional sobre o aluno”, acredita.

 Para Márcia, o evento atingiu o seu objetivo. “Saímos com uma proposta de um segundo seminário para que as equipes de cada campus façam uma apresentação sobre o trabalho que vêm realizando, para uma troca de experiências”, conta. O evento deverá acontecer em 2018.