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Representantes da Faperj e das unidades Embrapii do estado do Rio de Janeiro discutem parceria
Pesquisa e Inovação
Representantes das unidades credenciadas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) localizadas no Estado do Rio de Janeiro se reuniram, na manhã de segunda-feira, 18 de março, na sede da Faperj, com integrantes da diretoria da Fundação, a fim de examinar as possibilidades do estabelecimento de parcerias e cooperação em projetos que visem alavancar a inovação na indústria fluminense, bem como ampliar o número de unidades cadastradas no estado do Rio de Janeiro. A reunião contou com a participação do presidente da Faperj, Jerson Lima Silva, e do diretor de Tecnologia da Fundação, Maurício Guedes, além de assessores de ambos. A reunião contou com a participação da presidente do Conselho Superior da Faperj, Angela Uller, na qualidade de Coordenadora-geral da Embrapii-Coppe/UFRJ.
Durante o encontro, os representantes das unidades Embrapii apresentaram sugestões para que a Faperj participe das ações de fomento a instituições de pesquisa que visam ao desenvolvimento de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial. De acordo com o grupo que esteve na Fundação, projetos contemplados com valores baixos têm se mostrado pouco viáveis em virtude das despesas de administração. A falta de recursos humanos qualificados e os desafios de trabalhar com startups, que nem sempre conseguem alcançar dos resultados prometidos, também foram apontados.
Os participantes relataram a experiência de parcerias, por exemplo, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que qualificaram como bastante positiva, sobretudo na primeira fase do projeto, que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico por parte de pequenas e médias empresas. Contudo, assinalaram que Embrapii e o Sebrae exigem que, posteriormente, essas PMEs se conectem com grandes empresas para realizar o encadeamento tecnológico, o que nem sempre acontece, interrompendo os projetos que estavam em andamento.
Após o relato, os responsáveis pelas Unidades Embrapii apresentaram algumas sugestões ao presidente e ao diretor de Tecnologia da Faperj, a fim de estreitar os laços entre as duas instituições e otimizar as ações fomento à inovação no estado. Entre as propostas apresentadas, a principal foi o auxílio para a manutenção de pequenos equipamentos, uma vez que os mesmos, segundo relataram, apresentam problemas de maneira recorrente, podendo atrasar ou até inviabilizar a realização dos projetos quando não têm condições de uso. A compra de equipamentos para as unidades ainda em consolidação, como no caso do Polo de Campos, também foi mencionada. Por fim, foi solicitada a disponibilização de bolsas para a atração e fixação de recursos humanos qualificados, tais como mestres, doutores, pós-doutores e pesquisadores visitantes.
Ao final da reunião, o presidente Jerson Lima e o diretor de Tecnologia Maurício Guedes reiteraram a intenção da Faperj em colaborar com as unidades Embrapii já existentes, bem como em atuar para ampliar o número de unidades cadastradas no estado de quatro para oito. Os dirigentes anunciaram que deverá ser celebrado nas próximas semanas um acordo de cooperação Faperj-Embrapii, destinando recursos para auxiliar no cadastramento de novas unidades, bem como para apoiar as quatro unidades já em operação no Estado.
“O acordo de cooperação tem como meta duplicar o número de unidades da Embrapii no estado do Rio de Janeiro. Isso significa trazer investimentos de empresas para a pesquisa e desenvolvimento, essencial para o desenvolvimento tecnológico e econômico do estado”, disse o presidente da Faperj. O diretor de Tecnologia elogiou a atuação da Embrapii desde a sua criação. “A Embrapii é um dos melhores casos de sucesso no Brasil na conexão da nossa capacidade científica com as demandas do meio empresarial. E essa é uma das maiores oportunidades para que venhamos a ter uma economia mais competitiva”, destacou Guedes.
Unidades atuam em áreas diversas
Das quatro unidades da Embrapii no estado três estão localizadas na capital fluminense e uma no Norte Fluminense. São eles: o Instituto Tecgraf/PUC-Rio, credenciado desde 2015 como unidade Embrapii na área de Soluções Computacionais em Engenharia para desenvolver sistemas computacionais técnico-científicos complexos que exigem pesquisa avançada e soluções inovadoras abrangendo as seguintes competências: Computação Gráfica, Automação de Processos e Projetos Industriais, Simulação Computacional, Logística, Otimização e Pesquisa Operacional, Sistemas Distribuídos. A grande parte dos projetos é feito em parceria com grandes empresas de Petróleo e Gás.
A Coppe/UFRJ, que possui 138 laboratórios e se constitui como um dos maiores complexos laboratoriais do País na área de Engenharia, é credenciada há 4 anos como Unidade Embrapii, desenvolvendo projetos na área de Engenharia submarina para exploração de óleo e gás, dentro das seguintes linhas de atuação: Dutos Submarinos, Risers Rígidos e Flexíveis e Cabos Umbilicais de Média e Alta tensão; Garantia de Escoamento; Análise de Integridade Estrutural e Gerenciamento de Risco; Sísmica e Reservatórios; Transformação Digital; Aumento de vida útil de ativos; Equipamentos Submarinos; Poços Submarinos; Recuperação Avançada; Descomissionamento de Estruturas de Produção Submarina; Otimização de Arranjos Submarinos. Assim como a PUC-Rio, a maioria dos projetos é realizada em parceria com grandes empresas da área de Petróleo e Gás.
O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) é credenciado pela Embrapii para atendimento à área de Tecnologia Química Industrial, realizando projetos para desenvolvimento de Processos Químicos, Processos Físico-Químicos, Tecnologia Química Orgânica e Tecnologia Química Inorgânica. Esta unidade compôs o grupo de instituições que serviram de piloto para a criação da Embrapii, sendo credenciada desde 2011. Os projetos são realizados com empresas de diferentes portes e áreas.
Por último, o Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG) ligado ao Instituto Federal Fluminense é, desde 2015, uma unidade credenciada para atuar em Tecnologias para Produção Mais Limpa (P+L), nas subáreas: Eficiência Energética e Fontes Renováveis de Energia; Redução, Tratamento e Reaproveitamento de Resíduos; e Uso Racional de Recursos Hídricos. Além de ser o único representante do interior, o PICG é o único Polo presente no estado, diferenciando-se das Unidades pela obrigação na formação de recursos humanos. Segundo o reitor do IFFluminense, Jefferson Manhaes, o Polo conseguiu passar relativamente ileso à crise econômica, pois atua em um nicho específico, atendendo somente micro e pequenas empresas.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Faperj