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Reditec vai reunir gestores da Educação Profissional e Tecnológica do Brasil e do mundo

Internacionalização

Pela primeira vez, em 42 anos, o evento terá caráter internacional, um dos marcos desta edição que promete novidades.
por Ferdinanda Maia / Comunicação Social da Reitoria publicado 02/05/2018 16h41, última modificação 11/05/2018 14h41

 A 42.ª Reunião anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec) será realizada de 10 a 14 de setembro de 2018, em Búzios, no Rio de Janeiro, sob a organização do Instituto Federal Fluminense (IFFluminense). O evento terá caráter internacional, um dos marcos desta edição que promete novidades.

 Para começar, a Reditec 2018 será bilíngue – português e inglês –, inclusive com traduções simultâneas durante as principais palestras e mesas-redondas; e as submissões de propostas para a Mostra de Experiências Exitosas também será nas duas línguas, com apresentação em português, porém com tradução simultânea ocorrendo em uma das salas do evento. Os trabalhos selecionados constarão nos anais da Reditec, a serem publicados pela Essentia Editora do IFF, outra novidade da edição deste ano, dando caráter científico à Reunião.

 No movimento de ampliar as fronteiras do Brasil para o mundo, gestores de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) internacionais estão sendo convidados a participar do evento, com o objetivo de, em conjunto, pensar o futuro a partir da troca de experiências visando enriquecer e fortalecer a forma de se fazer educação profissional. Nomes internacionais também já estão confirmados tanto para palestras como para participação em mesas-redondas, em uma programação variada que irá debater o tema “O Trabalho no Século XXI – Globalização, Inovação, Educação Profissional e Tecnológica: caminhos e desafios para inclusão”.

 “Este é um tema de impacto no mundo todo e desafiador para toda a sociedade. Globalização, a educação profissional diante dos desafios tecnológicos e do mundo do trabalho, a questão da sustentabilidade, da tecnologia e as mudanças climáticas são de interesse de todos os países, porque todo mundo está muito impactado”, reforça Jefferson Manhães de Azevedo, reitor do IFFluminense.

 Entre uma série de atividades previstas, haverá ainda a reunião dos Centros Unesco/Unevoc na América Latina, que debaterá dois temas: empreendedorismo e pesquisa sustentável; e apresentações dos sistemas de educação profissional dos países participantes. “Será um grande momento de partilha dos países, das suas experiências e da forma de fazer educação profissional e tecnológica”, destaca Jefferson.

 A estrutura para receber os convidados internacionais está sendo organizada pelas equipes de servidores do IFFluminense, com suporte do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), que tem Assessoria Internacional, e também serão convidados assessores de Relações Internacionais que atuam nos Institutos para apoiar as atividades.

 De acordo com o reitor, a expectativa é de que a participação seja maior dos países da América Latina. “Nossa meta é receber de 50 a 100 dirigentes do exterior”, afirma.

 A marca da internacionalização durante a 42.ª Reditec foi definida em plenário do Conif, sendo um importante passo dado na construção de discussões e parcerias cada vez mais profundas e consolidadas para o futuro da formação profissional no Brasil e no mundo.

 “O evento deste ano está sendo visto como um marco nos 10 anos dos Institutos Federais para que tenhamos um novo modelo de Reditec, muito inspirado na experiência do congresso do CICan – dos Colleges e Institutos canadenses –, e também do congresso da WFCP – rede internacional de Colleges e Institutos Politécnicos do mundo inteiro”, explica.

 Jefferson ainda acrescenta que a internacionalização vem sendo percebida pela Rede Federal como uma ação estratégica e oportuna para apresentar o trabalho para o mundo, contribuir com o fortalecimento da educação profissional, bem como promover um aprendizado no relacionamento com outras redes internacionais. E é, ainda, um elemento estruturante na formação dos estudantes.

 “A Rede Federal precisa estar ancorada em experiências e movimentos internacionais que também tenham a mesma perspectiva de futuro, que defendam os mesmos valores, que tenham o mesmo público-alvo, porque a educação, como todo movimento social, tem diversas orientações. A EPT que nós estamos construindo no país, que permite ao aluno ir da formação inicial até o doutorado, está indo ao encontro dos jovens em todo o interior deste país e está focada no filho do trabalhador e no trabalhador. Este é um modelo de educação profissional que tenta formar a pessoa como um todo, e é um modelo que não é comum em todas as partes do mundo, nem mesmo no Brasil”, esclarece. “Nós acreditamos neste modelo porque acreditamos que ele forma não só um profissional, mas uma pessoa competente, que detém o conhecimento e desenvolve as competências tecnológicas para colocar o seu saber a favor da construção de uma sociedade mais justa, onde caibam todos. E nós estamos aumentando nossas fronteiras para encontrar aliados internacionais para que possamos continuar fazendo e ampliando a EPT no Brasil, para mostrar que ela transforma a vida das pessoas, é estratégica para o país, tem muitos valores e muitos talentos”, finaliza.