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Reditec debate tendências e desafios da Educação
Reditec 2018
Debate, mediado por Jefferson Manhães, contou com os convidados internacionais Shyamal Majumdar e Denise Amyot (Fotos: Gildo Júnior - IFRR)
A primeira mesa-redonda da 42ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), com o tema “Tendências e Desafios da Educação Profissional e Tecnológica no mundo”, teve como foco a necessidade da atuação em rede, em escala global, para vencer o desafio de formar profissionais no contexto de rápidas mudanças dos dias atuais, e aconteceu na manhã da terça-feira (11), no auditório principal.
O debate teve a participação de dois convidados internacionais: Shyamal Majumdar, diretor da Unevoc, que é o Centro Internacional para a Educação Profissional e Tecnológica, um dos sete institutos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para o desenvolvimento da educação técnica e profissional; e Denise Amyot presidente das Colleges and Institutes Canada (CICan), instituição responsável pelo suporte às faculdades, institutos, escolas de ensino, educação geral e vocacional e escolas politécnicas no país.
A mediação ficou a cargo do reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães de Azevedo, anfitrião do evento. Na abertura da mesa, ele destacou a necessidade de discutir e procurar soluções para um mundo em mudanças, globalizado, automatizado e com tecnologias inteligentes, que exige o desenvolvimento de competências para além das habilidades técnicas, tais como a liderança e a inteligência emocional. “O grande desafio não é como preparar nossos jovens e suas profissões para que se adequem a um futuro incerto, mas prepará-los para construir um novo e grande futuro, no qual todas as pessoas estarão incluídas”, frisou Azevedo.
Em suas apresentações, Shyamal Majumdar e Denise Amyot apresentaram as questões enfrentadas e as alternativas escolhidas para a Educação Profissional e Tecnológica em suas instituições e países de origem. Ambos apontaram a necessidade de atuação conjunta e articulada em rede na busca de respostas para enfrentar as mudanças que estão em curso.
“Não existem soluções prontas, e não será de forma fechada que encontraremos respostas. Elas não estão em apenas um país, mas no mundo, e no intercâmbio de experiências, tais como a Unevoc e um encontro como esse, a Reditec proporciona”, apontou o professor Majumdar. Ele citou como exemplo a existência de questões debatidas na América Latina, que também são próximas às enfrentadas na Ásia.
A importância da discussão pública dos problemas e a construção coletiva de soluções também foi defendida por Denise Amyot. Ainda que o Canadá tenha excelentes índices educacionais, existe a preocupação constante em transformar a percepção com relação ao processo de construção do conhecimento, que não deve ser restrito aos espaços formais e cada vez mais universal.
Na perspectiva da troca de experiências, ela citou o Programa Mulheres Mil, voltado para a formação profissional e tecnologia, articulada com a elevação da escolaridade e geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social, desenvolvido na Rede Federal brasileira desde 2011, fruto de cooperação internacional entre o Brasil e o Canadá. Amyot também anunciou que em breve novos estudantes brasileiros, oriundos de tribos indígenas, e canadenses receberão bolsas para estudos por meio de intercâmbio entre os dois países.
Apresentações culturais
A primeira mesa-redonda da Reditec 2018 foi precedida pela apresentação da peça "Boca", do Grupo Nós do Teatro, uma adaptação livre do livro “Outros jeitos de usar a boca”, de Rupi Kaur. Ao final, os participantes puderam conferir a apresentação do Grupo Vocal Freesom, com repertório diversificado. A companhia de teatro e o grupo musical são formados por estudantes do IFF.
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As fotos do evento podem ser acessadas AQUI.