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Rede Federal: 110 anos transformando vidas

Comemoração

O Instituto Federal Fluminense é parte desta história, que completa 110 anos nesta segunda-feira, dia 23 de setembro.
por Bárbara Bonfim/Assessoria de Comunicação do Conif publicado 23/09/2019 11h43, última modificação 23/09/2019 11h44
Rede Federal é considerada referência em educação pública, gratuita e de excelência.

Rede Federal é considerada referência em educação pública, gratuita e de excelência.

 Educar é formar e transformar vidas. Essa é a essência da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica que completa 110 anos neste 23 de setembro de 2019. A história da Rede Federal – nacional e internacionalmente considerada referência em educação pública, gratuita e de excelência – foi iniciada com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices pelo presidente Nilo Peçanha, em 1909.

 O objetivo do sétimo presidente do Brasil foi a formação de mão de obra para a indústria que despontava na época. Em 1937 as Escolas de Aprendizes Artífices foram transformadas em Liceus Industriais e, em 1942, estes deram origem as Escolas Industriais e Técnicas. Sete anos depois, essas escolas tornaram-se autarquias com o nome de Escolas Técnicas Federais.

 A partir de 1994, com a instituição do Sistema Nacional de Educação Tecnológica, surgiram os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Ao longo de mais de um século, a Rede Federal passou por inúmeras mudanças. O modelo que conhecemos hoje surgiu em 2008, com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que tem como missão e desafio levar educação profissional a todo o País, porém, adotando um modelo diferente daquele do início do século 20.

 Todos os dias, milhares de estudantes, além de aprenderem uma profissão, têm acesso a conhecimento e oportunidades para que possam atuar como cidadãos comprometidos com o desenvolvimento da comunidade próxima, do Brasil e também do mundo. Marinas, Fernandos, Julianas e Josés que escolhem um curso, estudam, sonham em ser cientistas, participam dos projetos de extensão e, assim, transformam suas vidas, de seus familiares, da sociedade.

 Histórias como a de Graziela Dias de Morais e Donieverson Santos. Ela acaba de iniciar o curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Brasília (IFB), e ele é egresso do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS). Para os dois, as respectivas instituições significam mais do que o binônimo ensinar-aprender.

 “A entrada no IFB quer dizer recomeço para mim. Quero usufruir de tudo que o Instituto pode me oferecer! Depois do meu curso, quero fazer o de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e cursar outros também, seja mestrado, doutorado, ou mais um técnico para tentar uma carreira sólida e de sucesso”, declarou Graziela.

 Atualmente a Rede contabiliza 611 unidades em 578 municípios em todo o território nacional. São cerca de um milhão de matrículas, mais de 11 mil cursos e 75 mil servidores efetivos (professores e técnico-administrativos). 

 “O IF foi muito importante na minha formação. A experiência de vida e a oportunidade de conhecer pessoas de outras cidades e outros locais, a qualidade de ensino, o crescimento pessoal e as oportunidades de cursos para capacitação sempre foram um diferencial. A instituição me formou como aluno e como um cidadão melhor”, disse Donieverson.

 A diretora-geral do campus Boa Vista, do Instituto Federal de Roraima (IFRR), a professora do ramo pedagógico Joseane de Souza Cortez, acompanhou de perto a trajetória de muitos estudantes que passaram pela instituição do Norte do País. “Como docente vivenciei uma infinidade de histórias de superação de discentes que nem sequer tinham sonhos, mas que por meio da formação técnica puderam garantir independência e profissionalização”, assegurou Joseane.

 A proposta dos 38 Institutos Federais, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), do Colégio Pedro II e das 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais é prestar um serviço que seja alinhado às necessidades do mundo do trabalho, aos arranjos produtivos locais e às demandas sociais e inclusivas. Por isso, nas unidades, jovens e adultos têm ao seu alcance da educação básica à pós-graduação, incluindo a formação de professores.

 As instituições somam ainda mais de 11 mil projetos de pesquisa aplicada, sete mil projetos de extensão e nove Polos de Inovação. Em termos de internacionalização, a mobilidade de docentes e discentes é viabilizada por meio da cooperação com mais de 30 países.

 Ao completar 110 anos, a Rede Federal comemora sua trajetória e reitera o desejo de consolidação, segundo o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Jerônimo Rodrigues da Silva.

 “Nesses mais de cem anos de existência, a Rede Federal teve um papel estratégico no desenvolvimento econômico e social do Brasil. E, nesses últimos dez anos, os Institutos Federais, osCefets e o Colégio Pedro II, a partir de um modelo singular de instituição de ensino, pesquisa, extensão e inovação, têm assumido o desafio de levar educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada a todas as mesorregiões brasileiras. Sentimos orgulho de participar dessa história e parabenizamos todos que contribuem para a consolidação da Rede Federal como um modelo de referência para o mundo”, afirmou o presidente.

 Plataforma Nilo Peçanha O nome do presidente deu origem ao sistema que reúne os dados oficiais da Rede Federal. Criada pelo Ministério da Educação (MEC), a Plataforma Nilo Peçanha (PNP) apresenta informações sobre as unidades da Rede, cursos, corpo docente, discente e técnico-administrativos, dentre outros. O acesso à PNP é gratuito e está disponível no endereço http://plataformanilopecanha.mec.gov.br.