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Mesa-redonda vai debater a representação feminina durante Mostra de Extensão

Debate

Participantes são de diferentes instituições e irão compartilhar experiências com o público presente.
por Comunicação Social da Reitoria publicado 11/10/2018 16h11, última modificação 16/10/2018 15h56

 A X Mostra de Extensão IFF-Uenf-UFF e a II da UFRRJ traz como tema deste ano “Ciência para redução das desigualdades”, dentro do contexto da 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no período de 16 a 19 de outubro de 2018, em Campos dos Goytacazes, no Centro de Convenções da Uenf.

 Aberto ao público, o evento vai contar com uma programação diversificada com personalidades importantes da área que debaterão o tema central, por meio da construção de um diálogo entre a comunidade científica e não científica, sob a perspectiva da busca por soluções para os problemas regionais que promovam a redução das desigualdades sociais.

 Entre as atividades, está a mesa-redonda do dia 19 de outubro, sexta-feira, às 10h30min, cuja temática irá abordar a “Representação feminina na difusão do conhecimento e na transformação social”, com a participação de Marina Barreto Silva, doutoranda de Biociências e Biotecnologia da Uenf; Hingrid Yara Souza Quintino, editora da revista Mulheres na Ciência; Thereza Cristina de Lacerda Paiva, professora da UFRJ; e Suelen Ribeiro de Souza, doutoranda em Políticas Sociais da Uenf, com moderação de Ana Bárbara Freitas Rodrigues, professora da Uenf.

 A plateia terá a oportunidade de ouvir experiências diversas não só no contexto profissional ou acadêmico, como também de vida. É o caso da palestrante Marina, um exemplo real de como o conhecimento e a ciência podem transformar a vida das pessoas. Ex-catadora de caranguejos do mangue de Gargaú, em São Francisco do Itabapoana (RJ), onde nasceu, ela voltou a estudar porque precisou acompanhar a filha. Formou-se no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Uenf/Cederj, em 2009, e concluiu o Mestrado em Biociências e Biotecnologia em 2015. “Faço parte de uma família muito simples, da qual fui a primeira integrante a cursar o ensino superior e isso foi sensacional, porque trouxe alegria a uma mãe que mal conseguia escrever seu próprio nome”, conta.

 Envolvida com pesquisas relacionadas ao câncer, atualmente ela é doutoranda, bolsista da Capes, e atua no Laboratório de Biologia do Reconhecer (LBR) do Centro de Biociências e Biotecnologia da Universidade, e pretende apresentar ao final de sua pesquisa um resultado positivo sobre a atividade anticancerígena de uma nova molécula, que poderá contribuir com o tratamento do câncer.

 Para a mesa-redonda, Marina pretende não apenas falar sobre sua trajetória, bem como compartilhar que a sua maior transformação aconteceu quando percebeu que poderia contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. “Todos devemos assumir nossos papéis como agentes de transformação, capazes de contribuir na solução de problemas que afligem a nossa sociedade. Nesse contexto, debater esse tema pode resultar em um desabrochar de ações transformadoras capazes de mudar positivamente realidades adversas”, acredita.

 Editora da revista eletrônica “Mulheres na Ciência”, Hingrid pretende mostrar o motivo pelo qual deve-se ter a representação feminina na ciência, entre outros aspectos, tais como ela mesma aponta: se existe aptidão inata para determinadas áreas; os esteriótipos de cientistas e da mulher cientista; porque existem menos mulheres no topo das carreiras; os fatores que levam o afastamento da mulher na academia e o que devemos fazer para mudar o cenário de atuação das mulheres na ciência.

 Bióloga e com uma vida acadêmica orientada por mulheres, ela conta como a sua experiência foi importante para sua percepção do papel feminino na ciência. “Primeiramente, é necessário fazer com que a academia entenda que existe pouca representatividade feminina e que isso é um problema. Só assim poderemos fazer as mudanças necessárias no sistema. É importante também que meninas vejam mulheres ocupando cargos altos para que elas possam se inspirar e perceberem que elas também poderão ocupar esses cargos”, destaca.

 A mesa-redonda é aberta ao público, com entrada franca; e toda a programação do evento está disponível no site oficial.