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II Encontro Estadual PIC-Obmep reúne professores, estudantes e pesquisadores
Matemática
Mesa de abertura composta por (da esquerda para a direita): Lívia, Roberto, Carlos Márcio, Diego e Alex.
O II Encontro Estadual PIC-Obmep/IFFluminense foi realizado no dia 28 de novembro de 2017, no Campus Campos Guarus, com a participação de professores, estudantes e pesquisadores.
O Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) é desenvolvido para atender aos alunos medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), com o objetivo de melhorar o ensino da matemática por meio de uma rede nacional de professores orientadores e coordenadores.
Uma das integrantes desta rede é a professora dos 8º e 9º ano da rede municipal de ensino de Campos dos Goytacazes-RJ, Fernanda de Araújo Monteiro. Ela está há dois anos no Programa e testemunha como faz diferença na vida dos alunos que participam. “É uma oportunidade para eles de vivenciarem a matemática de uma forma bem diferente da sala de aula: como pesquisa, com desafios que eles tem que vencer”, explica. “O programa desperta talentos e a gente vê como melhora o rendimento deles, o raciocínio, assim como o interesse”, afirma.
Pela primeira vez participando do Encontro, ela veio para assistir a palestra do coordenador de Planejamento e Projetos e pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplica (Impa), Roberto Imbuzeiro Oliveira. “Uma oportunidade de ouvir pessoas renomadas e aprender mais”, diz Fernanda.
Na parte da manhã, após a mesa de abertura composta por: Carlos Márcio Viana Lima, diretor de Políticas da Educação do IFF, representando o reitor Jefferson Manhães de Azevedo; professor Roberto; Diego Sales, diretor de Pesquisa e Extensão do IFF Campus Campos Guarus; Alex Cabral Barbosa, coordenador do Programa de Iniciação Científica Jr. na Região; e Lívia Azelman Faria Abreu, representante da coordenação do evento; o pesquisador do Impa proferiu a palestra “Jogos da Realidade”. Durante cerca de uma hora, e com uma linguagem bem simples, ele instigou a plateia com perguntas e respostas estimulando o raciocínio e a compreensão de que o que pode parecer que não tem utilidade na matemática, se mostra muito útil em nossa vida diária.
Para Imbuzeiro, o PIC é um programa “que dá um caminho de vida para jovens que tem gosto e aptidão pela matemática, uma perspectiva de futuro. E para nós, que estamos trabalhando com ciência e pesquisa, e não com ensino básico, é muito importante saber que o Brasil tem investido em captar talentos e colocá-los em caminhos que vão permitir sua ascensão profissional e ajudar no progresso do país”, destaca.
A programação do evento teve continuidade na parte da tarde com minicursos e a mesa-redonda "Impa e a Matemática no Brasil: conquistas, metas e limitações", com a participação do professor Roberto, a professora do IFF, Ana Mary Fonseca Barreto, o professor da Uenf, Nilson Stahl, com mediação da professora do IFF, Christiane Menezes Rodrigues.
As estudantes do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza do Campus Campos Centro, Luciana dos Santos e Paula Ritter, foram umas das participantes do evento. “Meu objetivo é ter mais experiência e aprender para complementar a minha formação”, diz Luciana. “A matemática está integrada a vários temas da nossa formação e acredito que cada vez mais a gente percebe como ela está presente em nosso dia-a-dia”, ressalta Paula.
Os organizadores do evento também fizeram uma singela homenagem aos 64 premiados na Obmep deste ano, que além de menções honrosas, receberam medalhas de prata e bronze, representando vários campi do Instituto.
O Encontro, que contou com 127 inscritos e participantes das redes municipal, estadual e federal de ensino, além de vários campi do IFF, foi muito positivo, segundo Alex. “Ficamos felizes e satisfeitos com o evento como um todo, os minicursos foram muito bem estruturados, os participantes gostaram muito e a mesa-redonda foi um dos pontos altos com a participação de quatro docentes de prestígio, discutindo o ensino da matemática e como o Impa se insere neste contexto, as metas e limitações”, diz, acrescentando que também foi uma oportunidade de fazer uma avaliação de como os professores e o próprio Instituto podem contribuir com a melhoria do ensino.
“A Obmep tem se empenhado em mostrar o lado bom da matemática, o que ela tem de legal, ajudando a romper com a dificuldade de levar o melhor da disciplina para a sala de aula. Uma coisa fundamental desse Encontro é a visão de campo para nós pesquisadores; para os alunos é uma oportunidade de formação, de aumentar este entusiasmo com a matemática; e para os professores, que fazem a prática da Obmep no dia-a-dia, é um momento de comunicar as dificuldades, falar do sucesso e apontar novos caminhos”, finaliza Imbuzeiro.