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Essentia Editora promove debate sobre o livro “Abolicionismo em Ação”

Conversa com o Autor

Primeira edição do evento “Conversa com o Autor” contou com grande participação do público, autógrafos e sorteio de exemplares.
por Comunicação Social da Reitoria publicado 27/05/2019 12h22, última modificação 28/05/2019 14h23
Tanize Costa autografa livro do estudante da Licenciatura em Letras, do Campus Centro, Matteus Gomes

Tanize Costa autografa livro do estudante da Licenciatura em Letras, do Campus Centro, Matteus Gomes

  A Essentia Editora do IFFluminense realizou a primeira edição da Conversa com o Autor, na última sexta-feira, dia 24 de maio, no auditório Miguel Ramalho do Campus Campos Centro. O evento tem como objetivo, além de divulgar os trabalhos publicados pela editora, promover o diálogo entre autores e leitores.

  A primeira edição contou com a presença de Tanize Costa, autora do livro “Abolicionismo em Ação: o Jornal 25 de março em Campos dos Goytacazes (1884-1888)”, que trata do jornal abolicionista campista, posto em circulação por Luis Carlos de Lacerda, e como este funcionou enquanto um discurso abolicionista e um agente histórico. Resultado de sua dissertação de mestrado em História na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a obra apresenta a trajetória do jornal entre 1884 e 1888, desde sua primeira edição até seu término, na abolição campista simbolicamente datada no dia 25 de março daquele ano. Atualmente, Tanize é doutoranda em História pela Paris/Sarbonne.  

 Na ocasião houve sorteios de exemplares da obra e de outros livros da Essentia Editora. O público diversificado, composto por alunos do ensino médio, estudantes de graduação, professores e outros autores, tiveram ainda a possibilidade de ter seu exemplar autografado pela autora.  

 O livro põe em voga uma questão importante: Campos não foi uma das últimas cidades a abolir a escravidão, embora o mito tenha persistido, os fatos históricos revelam outra versão. O professor de Sociologia do Instituto Federal Fluminense, Sérgio Rangel Risso, compôs a mesa como debatedor do evento e falou da importância de pensar a história e pensar também singularmente o passado campista: “Vivemos numa cidade riquíssima em termos de passado histórico, com muita coisa para ser debatida, descoberta. Eventos como esse só contribuem, enriquecem. Só fazem com que a gente aprenda mais, proporcionam a possibilidade do debate e da troca de informações”, afirma.

 “Me interessava saber como que tinha se dado o processo de abolição em Campos por conta da importância que a cidade possuía naquela época”, conta a autora Tanize sobre o inicio de sua pesquisa.  “O objetivo principal sempre é conhecer o próprio país e a própria história, desenvolver a ciência e aumentar o conhecimento que nós temos. Mas como se trata um tema extremamente vivo e importante na sociedade brasileira, ele acaba tendo um impacto que eu espero ser positivo. Com esses estudos podemos entender como essa instituição foi possível existir, como foi possível também combatê-la e como chegamos aonde nós estamos”, finaliza.

  Ouvintes do evento, os estagiários da Superintendência de Igualdade Racial da Prefeitura de Campos e estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel e Rafaela, utilizam o livro na bibliografia de suas pesquisas. "Um evento como esse é importante para reconstruir a memória campista, que por muito tempo ficou relegada as elites e negadas aos grupos excluídos. É o momento de tentar ressignificar e buscar as origens, as lutas, as resistências para poder compreender um pouco do panorama atual da cidade de Campos", disse Gabriel, que é graduando em História. “Outro ponto que eu acho importante sobre esse evento é a visualização dos autores campistas e das obras científicas que são feitas aqui” acrescenta Rafaela, graduanda em Geografia.