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Desafios para a Educação Profissional e Tecnológica são tema de debate na Reditec

Reditec 2018

Palestra do professor Luciano Meira foi seguida de uma mesa-redonda sobre o tema
por Ana Paula Viana (IFF) publicado 17/09/2018 07h00, última modificação 21/09/2018 11h26
Palestra sobre os desafios para a Educação Profissional e Tecnológica. Foto de Gildo Júnior (IFRR)

Palestra sobre os desafios para a Educação Profissional e Tecnológica. Foto de Gildo Júnior (IFRR)

O último dia de atividades da 42ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), nesta sexta-feira, dia 14 de setembro, teve os desafios da inovação no contexto escolar como tema central de análise pelos dirigentes da Rede Federal e convidados. A manhã de debates foi aberta com a palestra "Desafios para a Educação Profissional e Tecnológica", do professor Luciano Meira, que é Ph.D. em Educação Matemática pela University of California at Berkeley e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ao longo de sua apresentação, Meira fez um retrospecto sobre a evolução das metologias educacionais, no último século, abordando o pensamento de teóricos como John Dewey e Mitchel Resnick, até chegar as bases para a construção de metodologias inovadoras, dando como exemplos projetos desenvolvidos no Brasil e no exterior.

"É fundamental fazer uma reflexão sobre transições. Inovar é transitar entre mundos. O primeiro grande desafio é decidir se você quer ser parte do problema ou parte da solução", disse o professor, ressaltando que, para isso, "temos que conhecer as bases para poder saber onde estamos, para onde vamos e qual futuro queremos construir".

Segundo o professor, estamos nos tornando obsoletos, enquanto Academia, sendo necessário nos prepararmos para responder às demandas, que não são apenas de mercado, mas principalmente sociais, de como as pessoas estão se organizando para construir seu próprio conhecimento e uma participação autoral na sociedade.

"A gente fala muito das chamadas 'habilidades do Século 21'. Mas estamos ainda em 2018! Temos 72 anos pela frente, até acabar o Século 21. Como vamos saber quais serão as habilidades necessárias em 2071, por exemplo? Não dá para saber! Então, é necessário um cuidado constante para saber quais habilidades são essas que estão construindo o futuro. Não são apenas as habilidades do Século 21, mas um olhar constante, uma vigília para as competências emergentes que têm que estar continuamente sendo refletidas nos currículos escolares", ressaltou o professor.

Após a palestra, as discussões sobre o tema com Luciano Meira seguiram com uma mesa-redonda composta ainda por Nelmicio Furtado, que foi o primeiro doutor formado na Rede Federal; Luis Kaumachi, Secretário Executivo da OUI; Francisco Tamarit, Reitor da Universidade Nacional de Córdoba e Coordenador da Conferência Regional de Educação Superior 2018; e Luiz Augusto Caldas, ex-Reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), com medição de Maria Leopoldina Veras Camelo, Reitora do IF Sertão-PE e coordenadora da Câmara de Ensino do Conif.

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