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Capacitação para servidores visa produção de conteúdo audiovisual
Tecnologia
Professores que ingressam para ministrar aulas nos cursos da modalidade da Educação a Distância do IFFluminense (EaD) têm um ambiente de sala de aula diferente do tradicional: o espaço com quadro e cadeiras cede lugar a um estúdio com câmeras, luzes e todos os equipamentos necessários para a gravação das videoaulas que serão assistidas pelas centenas de estudantes que fazem seu curso a distância.
Ciente de que esta não é uma tarefa natural para todos os mestres, e que é necessário entender e dominar as dinâmicas que envolvem a gravação de aulas, a Coordenação de Projetos de Design e Audiovisual para a Educação (CPDAE), responsável pela gravação das videoaulas, deu início a um processo de capacitação para atender a esta demanda da EaD, bem como a de todo e qualquer servidor do IFF interessado em produzir conteúdo audiovisual.
A Capacitação em Gravação de Videoaulas em Estúdio foi realizada no dia 25 de abril, das 09h às 12h, no estúdio na sede da Reitoria, em Campos-RJ, e contou com a participação de oito servidores entre professores da EaD, de outras disciplinas e técnico-administrativos em Educação.
De acordo com Carlos Henrique Morellato, coordenador da CPDAE, a capacitação foi realizada de forma teórica, mas na ambientação da prática, ou seja, dentro do estúdio, mostrando os equipamentos e suas funcionalidades. “Foram abordados os seguintes temas: apresentação inicial do processo de elaboração de vídeo; ambientação em estúdio de gravação de vídeo; principais equipamentos; conceitos importantes da produção audiovisual; debate sobre os medos da gravação de vídeo; etapas de produção do vídeo; a videoaula como mídia educacional; roteiro; o processo de produção da CPDAE”, explica.
O professor Jordão Severino de Souza foi selecionado este ano em Processo Seletivo para ministrar aulas no Curso Técnico em Segurança do Trabalho, a distância, e apesar de já ter experiências com esta modalidade pelo Senac, nunca trabalhou com videoaulas. A partir da capacitação, ele diz que se sente mais a vontade para as gravações e garante que o trabalho vai dar certo.
“A capacitação foi perfeita! A forma de explicar e o conteúdo abordado foram apresentados com muito esmero. Achei que seria difícil por não conhecer a sistemática, mas depois do curso, que foi ministrado com muita propriedade, penso que será possível realizar e desenvolver um trabalho interessante”, destaca.
Uma outra experiência teve o tradutor e intérprete de Libras que atua no Campus Campos Centro, Rafael Monteiro da Silva. Ele, que já tem um pouco de conhecimento em vídeo, procurou a capacitação para aprender mais e ficou satisfeito. “Meu maior interesse é explorar a Libras de forma visual, transformando toda e qualquer informação em vídeo”, esclarece Rafael indicando que o conteúdo pode estar relacionado não só a aulas, como também, por exemplo, cursos e oportunidades traduzidos em Libras.
Segundo Carlos, novas turmas serão formadas. “A ideia é que esta capacitação possa atingir mais pessoas interessadas, apresentando conteúdos cada vez mais aprofundados e voltados para a gravação de videoaulas. E abraçar outras ideias também, que vão além das aulas da Educação a Distância, envolver professores que tenham interesse em formatar cursos online ou outra proposta, incentivando-os ao formato audiovisual”, afirma o coordenador.
A ideia vai, inclusive, ao encontro da Portaria Nº 1.134, de 10 de outubro de 2016 que estabelece que “as instituições de ensino superior que possuam pelo menos um curso de graduação reconhecido poderão introduzir, na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais regularmente autorizados, a oferta de disciplinas na modalidade a distância. (…) Desde que esta oferta não ultrapasse 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso”. "Poderiam ser ofertadas, por exemplo, aulas de dependência nesta modalidade", explica Carlos.
Desde janeiro de 2014, a CPDAE já produziu em torno de 417 videoaulas, além de outras produções audiovisuais que dão suporte a vários setores da instituição. Para 15 minutos de videoaula, são necessárias cerca de 1h de gravação e outras 2h para edição.
A produção de videoaulas e o uso de tecnologia em sala de aula também foram temas abordados no I Encontro do Centro de Referência do IFFluminense, realizado em dezembro do ano passado, quando ocorreu a oficina "Produção de videoaulas: do smartphone ao estúdio".
“Avaliamos que este trabalho é um passo importante frente ao objetivo maior que é os servidores terem a possibilidade de produzir conteúdo audiovisual”, afirma Carlos.