Internacionalização: Campus Bom Jesus alcança o exterior
A qualidade dos profissionais e alunos que juntos formam o Instituto Federal Fluminense é o que constrói o respeito e a ampliação dos horizontes de alcance e atuação da instituição. Além do aporte local e regional, o Instituto tem na internacionalização uma ferramenta de crescimento pessoal, cultural e intelectual para seus intercambistas e, consequentemente, o estreitamento de laços com instituições renomadas de todo o mundo.
Atualmente, quatro alunos do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos estão em Portugal, outros dois irão à França e, em breve, mais um membro da comunidade acadêmica desembarcará em solo europeu. O diretor de Pesquisa, Extensão e Inovação do Campus Bom Jesus, Daniel Coelho, foi selecionado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (TAMK), na Finlândia, para retornar ao país e participar de treinamento para se tornar multiplicador do conhecimento adquirido durante sua primeira experiência em terras finlandesas: em 2014, Daniel participou da primeira chamada pública para servidores dos Institutos Federais, por meio da qual ele e os servidores do IFFluminense, André Fernando Uebe Mansur e Suzana da Hora Macedo, entre outros profissionais brasileiros, passaram cinco meses aprendendo sobre metodologias de ensino.
“As universidades de Ciências Aplicadas têm uma abordagem diferente, mais voltada para a prática, trabalhando habilidades técnicas e gerenciais nos estudantes, como o aprender fazendo (learn by doing), e também utilizando, em sua maior parte, metodologias participativas, em que o estudante é o centro do processo ensino-aprendizagem”, explica o diretor. Segundo ele, a TAMK preza pela pesquisa, desenvolvimento e inovação, tendo atuação direta dos alunos com empresas e demandas atuais do mercado, estimulando-os a resolver problemas, apresentar propostas, desenvolver produtos e serviços para empresas parceiras. “O foco é a educação multidisciplinar, criatividade e inovação”, acrescenta.
(Daniel já compartilhou experiências em palestras nos campi do IFF)
O desafio começa no retorno ao Brasil, quando Daniel e os demais multiplicadores deverão compartilhar o conhecimento com seus pares. Cada participante capacitará outros 25 servidores e, cada um desses, outros 25, começando pelos servidores dos Institutos Federais, até alcançar as instâncias estaduais, municipais e demais educadores. “Esperamos promover uma onda de treinamentos, e por conseguinte, uma mudança substancial nas metodologias de nossos institutos”, prevê.
Além da qualificação obtida no exterior, o Campus Bom Jesus também se prepara para exportar conhecimento. No segundo semestre de 2017, professores de Moçambique visitarão o campus para aprender sobre técnicas e operacionalização de máquinas do setor agropecuário, também com o objetivo de levar melhorias a seus locais de atuação. Para o futuro, a expectativa é que o campus firme novas parcerias e possa receber alunos e profissionais de instituições com as quais já possui cooperação.
Talitha, Bruno, Caroline e Cristiane ficarão até o mês de julho no Instituto Politécnico de Bragança | O diretor Daniel Coelho também palestrou na casa da Finlândia, durante as Olimpíadas Rio 2016 |