Empreendendorismo Tecnológico: Proposta de Manual para Elaboração de Plano de Negócios para Startups | Autor: Thiago de Miranda Fernandes Ribeiro

Dentre outros fatores, o desenvolvimento do empreendedorismo tecnológico e inovação de um país estão diretamente ligados à sua capacidade de promover incentivo às startups de modo que as mesmas possam alavancar seus negócios e progredir. As startups por muitas vezes solucionam problemas nacionais através do uso da tecnologia provendo o bem-estar da população. Todavia, o estado brasileiro ainda deixa a desejar no campo do incentivo ao empreendedorismo tecnológico, inovação e desenvolvimento. Dessa forma no final do século XX e início do século XXI começou a ser elaborada uma estratégia para este cenário mudar com a criação dos Fundos Setoriais, ainda em 1999, passando pelo retorno das políticas industriais, como a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) e a Lei de Inovação, em 2004, até a programas como o Startup Brasil, em 2012 e o Inova Empresa, em 2013. Com isso, observou-se uma diversificação do espectro de mecanismos de apoio à inovação. Desse modo, com a criação destes programas, permitiu-se que startups buscassem financiamento público e privado com maior facilidade. Entretanto, verificou-se que, embora tenham sido criados programas de incentivo a startups, os empreendedores tecnológicos não possuíam conhecimento técnico em gestão de negócios, causando, por muitas vezes, a perda do financiamento. Assim, este trabalho teve como objetivo entender como encontra-se o mercado de startups no Brasil após a criação destes programas de incentivo e posteriormente criar um Manual para elaboração de plano de negócios para startups, para auxiliar os futuros empreendedores tecnológicos a planejar de forma correta a criação de seus empreendimentos de base tecnológico. Para isso utilizou-se a pesquisa qualitativa exploratória, com coleta de dados estruturados, de modo a se apresentar um retrato consolidado do mercado de startup no Brasil, além da pesquisa bibliográfica e documental. Concluiu-se que, apesar das relevantes startups brasileiras, poucas delas se desenvolvem e viram grandes empresas devido ao ambiente de negócios no país, que é desfavorável, burocratizado e custoso; e, a insuficiência de capital investido neste tipo de empresas. Neste sentido, o poder público e privado apesar de já ter criado alguns programas de incentivo às empresas nascentes, precisam criar mais formas de financiar essas empresas, pois a inovação acelera o crescimento de qualquer país. Além disso, os empreendedores tecnológicos devem se especializar mais na área de gestão de empresas e não apenas se desenvolver nas suas áreas tecnologia da informação, pois a maior parte dos investidores exigem a elaboração de um plano de negócios. Mesmo que a criação de um plano de negócios é etapa fundamental para a criação e sobrevivência das startups, no país, os empreendedores ainda apresentam resistência ao uso desse instrumento. Neste sentido, criou- se um Manual de elaboração de plano de negócios para startups, como mais uma ferramenta de incentivo ao nascimento e crescimento dessas empresas.
Palavras-chave: Startups; Inovação; Plano de negócios; Gestão de negócios.