A relevância desse tema é evidenciada: pelo crescente número de acidentes ambientais advindos da exploração de reservas de óleo e gás; pela indicação da biorremediação como técnica passível de oportunizar a devolução da área contaminada para um estado mais próximo de suas características naturais; e pela utilização de fungos estar se mostrando promissora para tal biorremediação. O objetivo deste trabalho é agrupar as tecnologias que se utilizam de fungos para promover a biorremediação de áreas contaminadas por hidrocarbonetos e identificar o Estado da Técnica relacionado a estas tecnologias São realizadas: uma bibliometria na base científica Scopus/Elsevier e uma busca pelo Estado da Técnica na base de patentes Derwent, a qual é mantida pela Web of Science – WoS e na base Espacenet, mantida pelo escritório europeu de patentes. Os resultados encontrados são apresentados e discutidos, concluindo por reforçar o caráter promissor da utilização dessas técnicas como forma de mitigação dos danos ambientais causados pela exploração humana das reservas de petróleo. O uso de fungos do tipo endófitos septados escuros (dark septate endophyte - DSE) foi mais profundamente estudado podendo-se evidenciar como destaques: pelo seu potencial na agricultura, gerando redução de estresse hídrico e salino nas plantas inoculadas pelos mesmos; por sua elevada ocorrência, descoberta em mais de 600 espécies de plantas; e por seu potencial degradador de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Destacam-se como principais focos tecnológicos a biotecnologia e a tecnologia ambiental, sendo as tecnologias para degradação de hidrocarbonetos as mais recorrentes. Há um equilíbrio entre as pesquisas desenvolvidas por Instituições de Ciência e Tecnologia e por empresas privadas. Isso pode caracterizar que tal área, apesar de promissora, ainda não está madura.

Palavras-chave: Óleo e gás, petróleo, solos contaminados, inovação, fitorremediação