O processo de produção do leite é um dos mais significativos do agronegócio do Brasil.
Presente em todas as regiões brasileiras, tem grande importância no fornecimento de alimentos, geração de empregos e na economia do país. Atualmente as indústrias, principalmente de laticínios, enfrentam um grande desafio: crescer de maneira competitiva e sustentável a fim de conquistar espaços nos mercados interno e externo ao mesmo tempo que fornecem produtos e processos de qualidade. Frente a esse cenário, está posto o grande dilema: o que fazer com o
soro do leite? Um coproduto de elevado valor nutricional, baixo valor agregado e alto potencial poluidor. Para as pequenas e médias empresas desse setor o quadro é ainda mais crítico por conta dos custos de gerir de forma correta esse coproduto para atender as legislações vigentes.
A maior fração do soro de leite produzido pelas pequenas e médias indústrias é destinada à alimentação animal ou descartado em corpos hídricos. No entanto, a proteína do soro, pelo seu alto valor nutricional e por suas excelentes propriedades funcionais, nutricionais e aromáticas, pode ser aproveitada na produção de leite desproteinizado, queijos, doce de leite, bebidas lácteas e diversos outros produtos de alimentação e suplementação humana. Muitas podem ser
as formas de agregar valor a este derivado lácteo, desde que o lactossoro seja visto como matéria-prima. Seu beneficiamento e aproveitamento contribui para a preservação do meio ambiente e pode se traduzir em uma vantagem competitiva às indústrias, porém cada caso deve envolver uma análise técnica e econômica para a viabilização dos novos processos.De forma geral, as pequenas e médias empresas têm enfrentado diversos problemas que afetam a sua sobrevivência, tais como crédito difícil, juros elevados e competição predatória.
Palavras-chave: Lactossoro. Indústrias de Laticínios. Impacto Ambiental. Valor Agregado.