Mesmo diante da aplicação de fontes alternativas de energias sustentáveis, o petróleo e seus derivados ainda representam a principal fonte energética do mundo e são largamente empregados como parte do desenvolvimento da sociedade moderna. Entretanto, o seu emprego, traz consigo consequências diretamente relacionadas à contaminação potencial do meio ambiente e um impacto significativo sobre a saúde dos seres vivos. A biorremediação é um processo intempérico de natureza biológica que se inicia nas estruturas menos às mais complexas e tem por finalidade a destruição completa dos contaminantes ou torná-los inofensivos, sendo, portanto, uma atividade natural e sustentável para o problema. Uma forma de avaliar o nível de degradação do petróleo se dá através da análise dos compostos biomarcadores, pois, estes são moléculas resistentes ao processo de biorremediação e, por isso, são usados em estudos de biodegradação em óleos severamente biodegradados. Impactos ambientais são processos iminentes levando-se em consideração o risco associado à manipulação do petróleo. A Lei nº 9.478, de 1997, conhecida como Lei do Petróleo, regulamenta a indústria petrolífera no Brasil e, consequentemente, suas atividades. No entanto, acidentes ambientais são intensificados em virtude da ausência de um órgão fiscalizador. Neste contexto, o instrumento jurídico de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ganha notoriedade no processo de licenciamento ambiental das atividades da indústria do petróleo impondo sanções penais, a pessoas físicas e/ou jurídicas, por atos que poluem, degradam ou coloquem em risco o meio ambiente. A pesquisa foi desenvolvida em dois artigos, onde o primeiro teve como objetivo realizar uma revisão da literatura a fim de se obter conhecimento acerca da influência da biorremediação na sustentabilidade do meio ambiente e o segundo foi analisar o processo de biodegradação na atenuação dos derivados de um petróleo produzido na Bacia de Campos/RJ, por meio da bioestimulação. O ensaio se deu em unidades com e sem a presença do fertilizante com componentes das frações saturados e aromáticos do petróleo visando verificar a influência da presença dos componentes aromáticos sobre a biodegradação dos compostos saturados ao longo dos 21 dias de experimento. Foi possível constatar que o estimulante NPK agiu de forma positiva impulsionando a atividade microbiana a degradar uma maior fração dos componentes do petróleo e, também, atuou favoravelmente reduzindo a concentração de compostos biomarcadores, que são conhecidos por sua estabilidade atômica.

Palavras-chave: Biorremediação. Bioestimulação. Derrames de Petróleo. NPK