Área de raro valor ambiental, científico e social, o “Mangue de Pedra”, se destaca dos demais pela
singularidade de sua ocorrência, pois se desenvolve em área sujeita à maré, porém em substrato arenorochoso
e sem a presença de rios para aporte de água doce. É um dos últimos manguezais que ainda
resta na localidade e apenas um dos três últimos exemplares existentes no mundo. Para o
desenvolvimento deste trabalho foi realizado: (i) uma revisão bibliográfica sistemática com a
finalidade de levantar informações atuais no cenário local acerca do tema, tanto para questões
ambientais quanto técnico-científicas; (ii) identificação das áreas consideradas prioritárias para a
revegetação da área degradada e monitoramento do Mangue de Pedra através de imagens obtidas por
veículo aéreo não tripulado (VANT); e a (iii) verificação da ocorrência de fungos micorrízicos
arbusculares (FMAs) e fungos endofíticos em solo e raízes de plântulas de mangue coletados no
Mangue de Pedra. As raízes foram clarificadas e coradas segundo a técnica apresentada por Souza e
Guerra (1998) – adaptada e UFLA (2015). A extração de esporos foi realizada pelo método de
decantação, seguido de peneiramento úmido de acordo com Gerdermann e Nicolson (1963). Então, os
esporos foram separados, seguido da preparação das lâminas com água para observação em
microscópio óptico. Os resultados indicaram que o solo do manguezal e as raízes de Avicennia
schaueriana coletados estavam colonizados apenas por FMAs. Estes resultados se tornam relevantes
à medida que poucos estudos têm sido conduzidos sobre a presença de FMAs e fungos endofíticos
(DSE) em manguezais em todo mundo. Acredita-se que estes fungos sejam alternativas promissoras
quando se trata de biorremediação em áreas de manguezais impactados e na proteção de espécies
vegetais em ambientes sob estresse (como inundações, salinidade e alta luminosidade).
Palavras-chave: FMAs. Fungos Endofíticos. Micorriza. Manguezal. Mangue de Pedra.