O desenvolvimento da humanidade ao longo da história fez uso intensivo dos caminhos náuticos, necessitando para tal, de portos de maior ou menor envergadura. As construções destes empreendimentos agigantaram-se ao longo do tempo, como cresceram os volumes de carga ali manuseados. Da mesma forma, aumentaram os impactos ambientais pelo uso e ocupação, produzindo externalidades contrárias ao compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e política (ACSELRAD, 2004). O paradigma de modelo de desenvolvimento com a geração de ganho econômico em detrimento de um compromisso coletivo foi relegado ao passado, e é condenável sob todos os aspectos, porquanto se apropria do bem comum com a privatização da sua receita, e socializa o ônus do seu empenho. Esse novo modelo de desenvolvimento, dito sustentável, se apresenta como alternativa para que sejam implementadas ações concretas e negociadas em substituição àquele padrão de desenvolvimento suicida. Neste alinhamento é apresentada a Agenda Ambiental Portuária como parâmetro de gestão, interna ao sítio portuário, onde uma vez implementada tende a propagar-se em seu entorno alcançando as comunidades vizinhas que convivem no mesmo espaço costeiro (PORTO, 2004). Através da percepção das vozes do porto, e das vozes da comunidade espera-se o caminhar para o ordenamento da frente de mar de Macaé de forma a protagonizar uma reestruturação produtiva compromissada com a sustentabilidade.

Palavras chave: Ambiental. Porto. Pesca. Socioambiental.