Eles foram acompanhados pelo professor titular da disciplina de Geografia, Wedson Felipe Cabral Pacheco, que durante o bimestre trabalhou com o conceito de "biomas e formações vegetais: classificação e situação atual". Para enriquecer o aprendizado, a visita ao Parque de Jurubatiba foi uma verdadeira aula ao ar livre.

 No local, a equipe do IFF contou com a colaboração da analista ambiental, Cristina, do Instituto Chico Mendes (ICMBio). “O Parque fica situado ao norte do estado do Rio de Janeiro, englobando a área de Macaé, Carapebus e Quissamã. Possui 44 km de praias, sendo que neste trecho existem 18 lagoas costeiras de rara beleza e de grande interesse ecológico”, enfatiza.

 Segundo o professor, o trabalho de campo pode promover maior significação dos conteúdos e maior aproximação da realidade dos alunos. “A contextualização contribui para o desenvolvimento de atitudes positivas em relação à ciência, através do reconhecimento de sua importância social, e ainda favorece a aprendizagem dos conteúdos conceituais, valorizando e estimulando a interação com os conhecimentos prévios dos estudantes”, afirma Wedson.

 De acordo com os alunos, foi uma experiência incrível estar em contato com a Unidade de Conservação e de ver na realidade tudo aquilo que é aprendido em sala de aula.

 Saiba Mais: O Parque é um abrigo para diversas espécies de fauna e flora das restingas que em outros locais do país estão em risco de extinção. Já foram, inclusive, encontradas novas espécies na área da Unidade. A área onde hoje se situa o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba era habitada pelos índios Goytacazes, povo que tinha tradição guerreira. O Parque resguarda também a porção bem conservada do Canal Campos – Macaé, que levou quase 30 anos para ser construído por mão-de-obra escrava, com 104 km de extensão.

 Jurubatiba é um dos três parques nacionais brasileiros onde é possível observar a coexistência da preservação do ambiente com o desenvolvimento sustentável de uma população de pescadores tradicionais que já pescavam na área mesmo antes de sua criação.

 Através de um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal e o Instituto Chico Mendes, vinte e cinco famílias de pescadores conseguiram autorização para continuar pescando na lagoa de Carapebus, uma das mais ricas em peixes de toda a região. O Parque também é uma das Unidades de Conservação com maior número de pesquisas científicas em desenvolvimento.