Durante o projeto, que foi iniciado em março deste ano, foram coletadas amostras de água subterrânea usadas na irrigação e algumas amostras de água do canal Quitingute, solo e tecido vegetal. Em relação as amostras de água foram analisadas a condutividade elétrica, relação de adsorção de sódio, cálcio, magnésio, cloretos e sódio.

 Já em relação ao solo foram analisados vários parâmetros de fertilidade, além da porcentagem de sódio trocável e a condutividade elétrica que estão mais relacionadas à  salinização dos solos. Com relação ao tecido vegetal foram analisados os parâmetros relacionados à  fertilidade do solo. Além disso, 10% das amostras de solo foram analisadas quanto à  presença de metais tóxicos (cromo, cobre, cádmio, chumbo e mercúrio) e defensivos agrícolas (organoclorados e fosforados).

 Os resultados farão parte do estudo “Análise situacional dos produtores rurais ao longo do Canal Quitingute (Microbacia do Rio Doce, São João da Barra, RJ)”, que analisa o eventual impacto na agricultura decorrente de alterações de salinidade pontual e transitória do Canal Quitingute.

 O projeto é coordenado pelo professor Vicente de Paulo Santos de Oliveira e irá avaliar 180 produtores rurais. Após a conclusão dos estudos, os produtores receberão os resultados junto com uma recomendação técnica sobre os aspectos agronômicos observados. Os resultados também serão apresentados à  LLX, com o objetivo de serem utilizados em projetos para o fortalecimento da agricultura familiar em São João da Barra. A previsão é que o resultado do estudo também seja publicado como artigos científicos em revistas especializadas.

 Também participam do projeto o engenheiro agrônomo Rogério da Silva Burla (coordenador adjunto) e Amaro Gonçalves Batista (apoio logístico). Além disso, sete estudantes do IFF foram selecionados para atuar no estudo, destacando a participação da aluna do Curso Técnico em Meio Ambiente, Joice Cleide de Oliveira Rita, que possui doutorado em produção vegetal, e do engenheiro agrônomo Mario Celso Colucci, aluno do curso de Pós-Graduação em Educação do Campo. Também foi contratada a pesquisadora Carmen Maria Coimbra Manhães, que é doutoranda no curso de produção vegetal e o mestre em produção vegetal Francisco Maurício Alves Francelino.

(Publicado em 11/07/2013)