O IV seminário regional sobre gestão de recursos hídricos, realizado na UPEA, na última terça-feira, trouxe à discussão o tema “Quantidade e Qualidade das Águas: Inovação Tecnológica e Recursos Hídricos”.

 O evento, que celebra o dia mundial da água, contou com apresentação de banners, demonstrações práticas e trabalhos desenvolvidos por alunos do IFFluminense, todos relacionados ao tema do seminário. Na parte da tarde, foi realizada a mesa redonda “Crise hídrica: ameaças e riscos na Região do Baixo Paraíba do Sul”. Participaram da mesa o professor Aristides Artur Sofiatti; Laerte Guerra, professor do campus Bom Jesus; e a professora Maria Inês, do campus Macaé. Cerca de 40 pessoas compareceram.

 Os docentes apresentaram e discutiram dissertações de diversos estudantes do mestrado em Engenharia Ambiental do IFFluminense, todas ligadas a questões de qualidade da água e melhora da gestão de recursos hídricos na área de atuação do IFF, que faz parte do cenário da crise hídrica nacional. “O perigo não é faltar água, pois ela está fechada em um ciclo dentro do planeta. O problema é faltar água de qualidade”, explica o professor Laerte.

 Além das discussões trazidas em torno dos trabalhos do Mestrado, o professor Aristides Arthur Soffiati fez um panorama histórico dos rios e lagoas do estado do Rio de Janeiro, para que se entendesse a causa dos atuais problemas que o estado enfrenta. “Estamos vivendo uma crise hídrica séria, que aflige a região sudeste. Por isso, a população começa a deixar de lado a ideia que antes imperava: a inesgotabilidade da água no Brasil. Em Campos, por exemplo, a quantidade de água ainda é suficiente. Isso é por pouco tempo. Daqui pra frente, as coisas tendem a mudar”.

 O público do evento foi bastante diversificado. Dentre mestrandos, professores e graduandos havia um expressivo grupo jovens talentos CNPQ. “A participação da juventude neste evento foi bastante positiva. Embora as discussões possam se dar em um nível à frente do grau de estudo deles, vemos que conseguem absorver as informações e desenvolver uma consciência ambiental madura, ainda que tão jovens”, ressalta a professora Maria Inês.

 Juliana Monteiro, coordenadora de pesquisa e extensão da Upea, avalia positivamente a celebração do dia mundial da água. “Programações como estas estão em total sintonia com as atividades que desenvolvemos na Upea, sempre ligadas ao despertar da consciência das pessoas sobre o uso de água, energia, descarte do lixo, entre outros assuntos da temática ambiental”, finaliza.

(Publicada em 27/03/2015)