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Pesquisa apoiada pelo Polo de Inovação avalia qualidade da água na represa de Juturnaíba
Dissertação de Mestrado
A dissertação de mestrado “Impacto da Ação Antrópica sobre a Qualidade da Água e da Ictiofauna da Represa de Juturnaíba – Silva Jardim – RJ – Brasil” foi defendida pela pesquisadora Marla Regina Domingues de Moraes, orientada pelo professor e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Inovação do Instituto, Vicente de Oliveira.
O trabalho comparou análises físico-químicas e microbiológicas da água dos rios São João, Capivari e Bacaxá, com as análises realizadas na desembocadura destes rios na represa de Juturnaíba. A pesquisa apontou maior alteração nos parâmetros de oxigênio dissolvido no rio Capivari e alterações consideráveis nos parâmetros de coliformes termotolerantes nos rios Capivari e Bacaxá, indicando contaminação.
“O São João, principal rio da Bacia e maior contribuinte de águas para a represa, no trecho analisado, o médio São João, ainda é o que melhor se encontra no quesito qualidade da água, embora apresente coliformes termotolerantes com valores bastante expressivos. De forma geral, está em boas condições de manter a vida aquática em equilíbrio”, afirma Marla.
De acordo com Marla, a pesquisa revelou que “a represa de Juturnaíba foi a que apresentou as melhores condições nos parâmetros analisados – embora os rios Capivari e Bacaxá conduzam água contaminada para ela – devido a sua boa capacidade de autodepuração e tempo de residência da água de 38 dias. A represa entrega ao baixo rio São João águas que poderiam ser consideradas como excelentes”, destaca a pesquisadora, afirmando que, pela importância do reservatório, que é responsável pelo abastecimento da região dos Lagos, a qualidade de suas águas deve ser constantemente monitorada.
A dissertação foi defendida na quinta-feira, dia 04 de agosto, na Reserva Biológica de Poço das Antas, na localidade de Aldeia Velha, em Silva Jardim. A banca contou com a presença dos professores Marcelo Gomes de Almeida (Uenf) e Manildo Marcião (IFFluminense).
A defesa contou, também, com a participação de gestores da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado e do Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João. Devido aos resultados obtidos e as perspectivas de pesquisa apontadas pelo estudo, o orientador Vicente de Oliveira, aproveitou a oportunidade para encaminhar uma parceria com os dois órgãos. “A Marla transformará parte do trabalho em um relatório técnico e dará continuidade à pesquisa na represa de Juturnaíba, que é tão importante para a região, junto com os órgãos gestores da Bacia”, destaca Vicente.
Apoio do PICG – Marla ressalta que o Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG) foi fundamental no desenvolvimento de sua pesquisa. “O apoio veio desde a equipe de campo, que me acompanhou na coleta de materiais para análise até a equipe técnica do Laboratório de Monitoramento das Águas da Foz do Rio Paraíba do Sul (Labfoz), que auxiliou na separação dos materiais para as coletas e nas análises da água”.
Comunicação Social da Reitoria