No dia 11 de outubro, às 14h, será inaugurada a Fanzinoteca no Campus Macaé, uma iniciativa do projeto de extensão IFanzine, coordenado pelo servidor Alberto de Souza. Na ocasião, será realizada também a  I Mostra de Fanzines, que reunirá produções e publicações independentes de diversos artistas de diferentes localidades.

A Fanzinoteca, primeira no Estado do Rio de Janeiro, ficará alocada no espaço de artes do campus e, após a inauguração, permanecerá com visitações e também oficinas abertas,  às quartas-feiras, das 13h às 16h. "As Fanzinotecas, embora sejam poucas a existirem fisicamente, estão presentes em outras partes do mundo, sendo esta a segunda do país, depois da Fanzinoteca Mutação, no Rio Grande, RS", explicou o coordenador.

Para participar do evento, está aberta a convocatória destina aos expositores, a partir de duas modalidades de colaboração: os interessados devem enviar um ou mais exemplares impressos do(s) Zine(s), até 30 de setembro, que serão expostos e, posteriormente, integrado(s) ao acervo permanente da Fanzinoteca IFF Macaé;  ou devem se inscrever mediante preenchimento de formulário, tendo direito a uma cadeira e mesa para expor/trocar/vender sua publicação (sob sua inteira responsabilidade), das 14 às 18h. Estudantes e servidores dos campi do IFFluminense ou de outras instituições de ensino e autores independentes podem participar e haverá emissão de certificado para os expositores.

O fanzine (do inglês fanatic+magazine) é uma revista artesanal amadora, feita de forma individual ou coletiva, e que permite ao autor total domínio sobre conteúdo, formato, público e meio de distribuição. Surgiu nos anos 30 e, portanto, na era pré-internet, mas como uma espécie de rede social que integra pessoas a partir da mídia tátil, produzida através de impressão acessível e de baixo custo, a fotocópia por exemplo. No Brasil, tem sido produzido desde a década de 60 e ainda é muito apreciado, circulando pelos correios e em eventos pelo mundo todo, ao contrário dos que pensam se tratar de algo do passado.

Uma das mais novas vertentes na área de produção fanzineira é sua presença nas instituições de ensino. "O fanzine tem sido utilizado no Instituto Federal Fluminense Campus Macaé como um mecanismo de estímulo aos talentos individuais, à produção autoral e também como ferramenta no ensino e aprendizagem, podendo servir tanto como suporte para produção textual como para o processo avaliativo nas escolas", destaca o programador visual, Alberto, conhecido pelo seu pseudônimo de cartunista, Beralto. 

O projeto IFanzine ganhou em 2016 um troféu nacional, o Ângelo Agostini, na categoria melhor fanzine de quadrinhos e, após quatro anos de atuação, está concretizando um dos objetivos tão desejados pela equipe, o de ocupar um espaço físico para montagem e preservação de acervo de fanzines, obtidos à base de troca pelo projeto. "O propósito é de preservar a memória gráfica e editorial independente, estimular a produção autoral contra-hegemônica e fortalecer a cultura do zine junto às novas gerações". 

Endereço para remessa postal:

Agendamento de visitações pode ser feito pelo email: projetoifanzine@gmail.com