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Exposição de Fanzines no Campus Macaé

Projeto IFFanzine promoverá exposição no dia 19 de agosto, a partir das 14 horas, no miniauditório I do Campus Macaé. Na ocasião, será exibido o documentário “Fanzineiros do Século Passado”.
por admin publicado 14/08/2013 11h55, última modificação 18/12/2017 13h46

O projeto de extensão do campus Macaé "IFFanzine" realizará a 1ª Exposição de Fanzines no dia 19 de agosto, no miniauditório do campus Macaé, com abertura às 14h. Serão exibidos fanzines históricos desde os anos 60 até os dias atuais. As publicações abordam quadrinhos, música, literatura, ficção científica, política, humor, dentre outros.

 

O coordenador do projeto, Alberto de Souza, comenta que os fanzines viveram seu apogeu durante os anos 80, tendo sido ele próprio um colaborador assíduo com histórias em quadrinhos em várias publicações do gênero. “Os fanzines, por serem movidos unicamente pela paixão sem objetivos comerciais, permitiram que muitos jovens amadores tivessem o incentivo para potencializar suas aptidões e vocação, muitos sem objetivos de profissionalização, encarando a atividade de produzir fanzine como hobby, mas muitos são hoje profissionais renomados e começaram sua carreira nas publicações alternativas. Um dos muitos exemplos é o artista paraibano Mike Deodato, hoje um dos mais renomados desenhistas de histórias em quadrinhos da editora americana Marvel. Os trabalhos deste e de outros artistas, muitos deles ainda adolescentes na época da publicação poderão ser conferidos na exposição. Os exemplares de fanzines serão disponibilizados para apreciação. Será possível a leitura de publicações com temas diversificados, não só quadrinhos, mas música, humor, e até política – alguns exemplares são da época do governo militar e é possível visualizar o fanzine como um foco de resistência ao regime. Mas nem tudo é uma volta ao passado. Existem exemplares produzidos recentemente e, apesar dos fanzines terem inicialmente perdido espaço para blogs e redes sociais, ainda hoje são publicados. Algumas virtudes do fanzine tradicional, em papel, são insubstituíveis, pois existe um prazer pessoal em ter um exemplar impresso, em apropriar-se do meio de reprodução, ainda que seja a fotocópia, produzir, divulgar, distribuir e compartilhar com um público afim suas idéias, arte e criatividade e receber críticas, colaborações, num intercâmbio que acaba se tornando mais enriquecedor e de uma forma que nem sempre a internet oportuniza”.