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Campus Macaé promove mostra de cinema negro
Audiovisual
Na próxima terça-feira, 26 de setembro, o Cineclube Ojúlori e o Neocine Grêmio do IFF Macaé promoverão a Mostra de Cinema Negro “Por uma educação quilombista”, na qual serão exibidos 10 curta-metragens sobre a temática proposta. A atividade acontecerá no auditório do Campus Macaé, a partir das 14h33min, e é aberta aos estudantes do IFF Macaé.
Um dos objetivos do projeto "Atlas Contracolonial do/no Cinema Negro na América Latina" é fazer eventos para promover a educação antirracista, libertária e equânime, além de repensar, ressignificar e dar continuidade as práticas do Cineclube na escola e na universidade por meio de ações diretas coletivas e práticas de autogestão juntos aos estudantes, docentes e técnicos. A mostra contempla a Lei 13.006 de 2014, que torna obrigatória a exibição de filmes nacionais de duas horas mensais (mínimo) nas escolas de educação básica.
“A prática do cineclube na escola, na universidade, ou mesmo com sessões voltadas a diferentes públicos e comunidades visa organizar uma filmografia e reunir diretoras/es que estão fora do circuito comercial da cidade que na maior parte das vezes se restringe a exibição de filmes de grande bilheteria, controlados por grandes corporações da indústria midiática e são localizados no interior de shopping centers. A prática do cineclube aparece como uma possível alternativa e arma de desconstrução de uma certa “monocultura” audiovisual. São nestes espaços que poderão acontecer debates com especialistas de diversas áreas, rodas de conversa horizontais contribuindo para educação geográfica e estética do olhar. Mais do que a simples exibição de filmes no espaço escolar/universitário, a prática do cineclube tem uma importância formativa no processo de ensino-aprendizagem, na apropriação e uso de tecnologias como ferramentas de luta e na construção do pensamento crítico nos territórios e espaço vividos. Ver coletivamente um filme ou olhar atentamente uma paisagem permite a “troca de olhares”, a permuta dos papéis dos artistas e cidadãs/ãos, das/os críticas/os e dos/as espectadores/as. Dito de outro modo, a percepção da tela de cinema vista coletivamente se torna análoga a percepção atenta e cuidadosa de uma paisagem ou de um mosaico de quadros espaciais que nos permitem ler_interpretar e, de certo modo, reescrever a geografia e a história das cidades”, explica o professor de Geografia Arthur Santos, coordenador do projeto.