Professores dos cursos superiores do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Itaperuna participaram nesta segunda-feira, 17 de abril, de uma visita técnica ao campo de prova e ao Centro de Pesquisas da Ford Motors Company, em Tatuí, interior de São Paulo, para alinhar possibilidades de cooperação entre a Instituição e a indústria, que possam beneficiar os estudantes e fomentar novos projetos de pesquisa no campus.

O diretor-geral do IFF Itaperuna e professor da área de Mecânica, Filipe Ribeiro de Castro, participou da visita e contou que as conversas foram no sentido de que sejam construídas possibilidades de atuação em conjunto nos testes de desenvolvimento de produtos e para oportunizar visitas técnicas e participação dos alunos em programas de estágio da companhia, além de contribuições no desenvolvimento de produções científicas por meio do programa de cooperação universitária da Ford.

"A visita foi uma estratégica oportunidade para conhecer o centro de pesquisa e desenvolvimento e abrir portas para possibilidades de atuação dos nossos alunos de Engenharia Mecânica, Sistemas de Informação e Licenciatura em Química, além de subsidiar a integração de possíveis projetos conjuntos também com os cursos técnicos do campus", explica Filipe Ribeiro de Castro, acrescentando: "Agora, iremos discutir com nossos pares das áreas os resultados da visita e estudarmos os caminhos de início desse convênio. Os representantes da Ford nos receberam de forma muito acolhedora e atenciosa, não podendo deixar de agradecer a empresa pela oportunidade".

Também participaram da viagem à Tatuí a coordenadora da Licenciatura em Química, Juliana Simões, e os professores André Luiz de Carvalho e Miguel Dias, da área de Mecânica, e Danielly Chagas, de Química. O grupo fez um passeio guiado nas pistas de prova e nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da empresa e participou de reuniões com a equipe da gerência de motores e, de forma remota, com o gerente da fábrica de motores da Ford na Argentina.

Para a coordenadora Juliana Simões, são muitas as oportunidades que poderão ser geradas a partir dessas primeiras conversas entre o Instituto e a Ford.

"A visita foi muito proveitosa, até porque, apesar de o nosso curso de Química ser uma licenciatura, cujo objetivo principal é a formação de professores, nosso egresso pode atuar em diferentes segmentos do mercado de trabalho, entre eles a indústria. E, mesmo como professores, é fundamental que eles conheçam as necessidades do mercado e da sociedade de uma forma geral. O convite para a equipe da área de Química participar da visita, inclusive, partiu da própria Ford, no sentido de abordar também questões específicas dessa área. Nossa ideia é prospectar linhas de pesquisa a serem desenvolvidas com nossos alunos, por exemplo em trabalhos de conclusão de curso, além de oportunidades de estágio", detalha a coordenadora da Licenciatura.

Possibilidades de cooperação

Segundo o professor André Luiz de Carvalho, que articulou a viagem junto à Ford, o próximo passo será o aprofundamento do diálogo entre o IFF e a companhia, a partir das possibilidades de cooperação identificadas durante a visita.

"Observamos diversas oportunidades de trabalho em conjunto, entre elas pesquisas que podem ser desenvolvidas no Instituto a partir de dados obtidos em testes que são realizados pela Ford em pistas e laboratórios bastante sofisticados. Então, podemos dizer que saímos de lá com as portas realmente abertas para concretizarmos parcerias futuras, não apenas para a Engenharia Mecânica e a Química, mas também para a área de Sistemas de Informação, já que hoje em dia a tecnologia embarcada nos veículos é sempre muito presente", ressalta o professor.

Instalado no interior de São Paulo, o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia de Tatuí foi inaugurado em 1978, num complexo de 4,66 milhões de metros quadrados, com 20 km de pistas pavimentadas e 40 km de pistas off-road. O local é um dos sete centros de testes da Ford no mundo e, por lá, os carros são submetidos às mais diversas avaliações, que vão desde testes em laboratórios para detectar a emissão de ruídos e de poluentes, até simulações de condições de pisos e pavimentos de diversas regiões do planeta e o desenvolvimento de novas tecnologias.