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IFFluminense Itaperuna recebe 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo
Arte e Cultura
A partir desta sexta-feira (10/06), o IFFluminense será um dos palcos da 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo. Durante três dias, alunos, servidores, funcionários terceirizados e a comunidade poderão participar da exibição de seis produções nacionais, entre filmes de ficção e documentários, que serão seguidos de debates. A programação começa na sexta-feira, a partir das 13h20min, e continua na próxima quarta-feira (15/06), com encerramento marcado para a sexta-feira (17/06).
Os filmes e horários de exibição de cada um dos dias serão divulgados em breve. O evento acontecerá na Tecnoteca, no campus Itaperuna, e não é necessário fazer a inscrição previamente. A ocupação dos lugares disponíveis será feita por ordem de chegada. O evento é organizado pela professora de Sociologia Gabriela Candido, a partir de material audiovisual cedido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em parceria com o Ministério da Cultura. A Mostra Cinema e Direitos Humanos foi criada em 2006 e faz parte do Programa Nacional de Direitos Humanos.
Conheça os filmes que serão exibidos ao longo da 10ª Mostra, no campus Itaperuna:
“Abraço de Maré” (Victor Ciriaco) Brasil, 2013, 16min. Documentário (Classificação: LIVRE)
O dia a dia de quem mora em um centro urbano é sempre atribulado. Porém, bem no meio disso tudo, cinco pessoas vivem na mais pura sintonia entre a natureza e a cidade. Do asfalto ao mangue, o curta-metragem documental traz para a tela a história de vida de uma família ribeirinha, que mora em uma casa de taipa às margens do rio Potengi. Esse filme nos leva a refletir sobre essa dualidade e sobre o quanto a realidade que nos parece ser tão distinta nos é, na verdade, tão próxima.
Temática: Combate à pobreza/ Direito à educação
Félix, o Herói da Barra (Edson Fogaça), Brasil, 2015, 72min. Documentário. (Classificação: LIVRE)
Félix, herói fundador da comunidade de Barra de Aroeira, Santa Tereza (TO), seria um ex-escravo que teria lutado na Guerra do Paraguai e recebido de D. Pedro II uma grande extensão de terras, no antigo norte de Goiás, por sua atuação no conflito. A perda do documento real, após sua morte, gerou um conflito pela posse das terras, entre seus descendentes e fazendeiros, que já dura mais de 50 anos. A comunidade atual então se autorreconheceu como quilombola para, em uma derradeira ação, garantir o direito à terra que ocupam.
Temática: Direito da população afrodescendente
O Muro é o Meio (Eudaldo Monção Jr.), Brasil, 2014, 15 min. Documentário. (Classificação: 10 ANOS)
O documentário aborda pichações de protesto gravadas nos muros da Universidade Federal de Sergipe. São gritos de revolta pela falta de segurança no campus, estrutura e qualidade de ensino. As pichações são mostradas como formas de indignação, reivindicação e também de comunicação contra a apatia das paredes brancas que abafam os conflitos socioculturais.
Temática: Direito à participação política
Porque Temos Esperança (Susanna Lira), Brasil, 2014, 71min. Documentário. (Classificação: 10 ANOS)
Mostra a jornada de uma mulher pernambucana (Marli) e sua rejeição a tudo aquilo que parece não ter jeito. Vivendo profundos dilemas na vida pessoal e na tentativa de reconstruir outras vidas, ela inicia uma trajetória pelos presídios de Recife, na intenção de que pais reconheçam seus filhos. Experimentando na própria pele a solidão, Marli nos mostra que o afeto pode ser redentor e que a falta de esperança é o mal mais intolerável para o ser humano.
Temática: Registro civil de nascimento
Do Meu Lado (Tarcísio Lara Puiati), Brasil, 2014, 14 min. Ficção. (Classificação: LIVRE)
As vidas de duas vizinhas, uma umbandista e uma protestante, começam a se cruzar quando uma infiltração abre um buraco na parede que divide suas casas.
Temática: Diversidade religiosa
Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina (Alexandre Valenti), Argentina/Brasil, 2013, 100min. Documentário. (Classificação: 12 ANOS)
Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de ditadura militar. Neste período, famílias inteiras foram despedaçadas pela repressão clandestina empreendida por um estado terrorista que ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Dentre as práticas mais aterradoras desse regime estava o sequestro sistemático de bebês e crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos, que eram apropriados por seus algozes com episódio de guerra. A partir da iniciativa das Avós da Praça de Maio criou-se o “Banco dos 500”, com amostras de seu próprio sangue, o que possibilitou, até agora, a descoberta de 114 das 500 crianças sequestradas. Este documentário narra a incansável luta das Avós da Praça de Maio que tem início na Argentina em 1976 e se liga à história do Grupo Clamor, sediado no Brasil. A luta perdura até os dias de hoje.
Temática: Infância; Direito à memória e à verdade
Comunicação Social campus Itaperuna