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IFF e escola de Nova York realizam projeto de aprendizagem colaborativa em turmas de Inglês
Intercâmbio
Aprimorar os conhecimentos de Inglês e expandir o horizonte cultural de alunos do Instituto Federal Fluminense (IFF), por meio de um projeto com estudantes dos Estados Unidos, utilizando para isso gravação de vídeos, bate-papo por aplicativos de smartphones e produção e leitura de biografias em equipes. Essa foi a proposta do Collaborative On-Line International Learning - Biographies (COIL - Aprendizagem Colaborativa Internacional Online – Biografias), desenvolvido no segundo semestre de 2019, numa parceria entre professoras dos campi Campos Campus Centro e Itaperuna e da LaGuardia Community College, de Nova York.
O trabalho colaborativo entre a escola americana e o IFF teve início em 2018, quando estudantes de Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do Campus Itaperuna participaram de um programa colaborativo — também à distância — com universitários da LaGuardia, utilizando como base para as interações a vida e um conto da escritora brasileira Clarice Lispector. Para este segundo projeto, cujas atividades foram concluídas neste mês de dezembro, foram feitas algumas alterações. Além das turmas de Ensino Médio de Itaperuna, participaram do intercâmbio alunos do Centro de Línguas (Celiff) do IFF Campos Centro e da High School (o equivalente ao Ensino Médio, nos Estados Unidos) da LaGuardia Community College.
A proposta central do projeto foi a pesquisa, a elaboração de um texto biográfico, a leitura das biografias produzidas, e a reflexão sobre a vida e os feitos dos renomados ambientalistas Chico Mendes, Dorothy Stang e Rachel Carson. Como parte dos recursos usados para o desenvolvimento dessas atividades, foi criado um blog (https://biocoil.wordpress.com/) no qual os alunos postaram os textos produzidos e, em seguida, leram e comentaram sobre as biografias postadas.
Além disso, foram promovidas atividades para a apresentação e interação entre os alunos das três escolas. O trabalho foi dividido pelas professoras Cristiane Bouzada, do IFF Itaperuna; Elane Manhães, do IFF Campos Centro; e Tali Kagan, da LaGuardia Community College, com a orientação da professora Olga Aksakalova, também da LaGuardia.
"Utilizamos uma plataforma online – Flipgrid – na qual, inicialmente, os participantes gravaram e postaram vídeos se apresentando, falando sobre seus gostos e rotinas. Nessa mesma plataforma, os alunos podiam fazer comentários e perguntas nas postagens dos colegas. Também criamos grupos no Whatsapp, com até nove integrantes cada, nos quais havia uma mistura de estudantes das três escolas, para que eles conversassem sobre questões do dia a dia de uma forma mais descontraída”, explicou a professora Cristiane Bouzada.
De acordo com Elane, o intercâmbio enriqueceu a formação dos alunos, pois eles tiveram que usar a língua inglesa em situações reais de comunicação.
“Além da aprendizagem da língua, os alunos tiveram interações por vídeos e conheceram a cultura de diversos países latinos, já que lá na LaGuardia têm vários imigrantes. Houve intercâmbio cultural e o fortalecimento do elo entre os alunos intercampi”, disse.
Aluna do 2º ano do Curso Técnico Integrado em Informática do IFF Itaperuna, Larissa Simão diz que o projeto ajudou tanto no estudo no idioma, como em seu enriquecimento sociocultural.
"Participar do COIL foi uma experiência de muito crescimento e, ao mesmo tempo, divertida pra mim, principalmente na parte em que tínhamos contato com alunos de outras escolas no blog e nos grupos de Whatsapp. Isso ajudou bastante a melhorar meu inglês. Tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida de alguns ambientalistas através dos posts dos meus colegas e, também, de conhecer a vida de alunos de outro país, que possuem uma cultura diferente da minha, e trocar informações sobre nosso dia a dia, o que gostamos de fazer, entre outros pontos. Foi muito legal. Acho que projetos como esse estimulam a aprendizagem e desenvolvimento do inglês de forma descontraída. Espero poder participar mais vezes", ressaltou.
Para a professora Cristiane Bouzada, o resultado foi muito positivo.
"Essa é uma interação que chamamos de autêntica, pois a língua é usada em situações reais de comunicação. É diferente da sala de aula, em que criamos situações fictícias. Nesse contato direto com os alunos da LaGuardia, eles estavam num contexto real e precisavam buscar termos e formas para se expressar, trazendo um ganho enorme para a formação deles", explicou a professora.