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Aluno formado na primeira turma de curso técnico do IFF Itaperuna é aprovado para cursar doutorado

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Rodrigo Zacarias vai integrar o programa de Doutorado em Informática da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro após 11 anos entre o ensino técnico, graduação e mestrado no IFF.
por Comunicação Social do Campus Itaperuna publicado 04/03/2021 16h58, última modificação 04/03/2021 17h14
Rodrigo durante a apresentação de seu TCC, no IFF Itaperuna, em 2017

Rodrigo durante a apresentação de seu TCC, no IFF Itaperuna, em 2017

"Quando uma oportunidade surge, temos que saber agarrar, porque ela pode acabar não voltando nunca mais". A dica é de Rodrigo Oliveira Zacarias, ex-aluno do Instituto Federal Fluminense (IFF), onde ingressou em 2009 na primeira turma de Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio do Campus Itaperuna. E o rapaz, hoje com 28 anos, sabe bem o que é agarrar as oportunidades: após 11 anos entre o curso técnico, a graduação e o mestrado no IFF, ele acaba de ser aprovado para cursar o programa de Doutorado em Informática da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Nascido e criado em Itaperuna, Rodrigo iniciou sua trajetória no IFF logo após a inauguração do campus na cidade, ingressando no curso de Eletrotécnica. A partir de então, não largou mais os estudos: fez parte da primeira turma do Bacharelado em Sistemas de Informação, sendo também o primeiro aluno de graduação do IFF Itaperuna a apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e seguiu para o mestrado em Sistemas Aplicados à Engenharia e Gestão (SAEG), no Campus Campos Centro, que concluiu em 2020.

"Tenho esse sonho de seguir a carreira acadêmica desde que ingressei no IFF, como aluno do curso técnico. Foi no Instituto que passei a ter contato e me encantei com essa atmosfera de pesquisa e educação profissional, tendo os professores como espelhos para mim. Hoje sou concursado como analista de Tecnologia da Informação da UFF (Universidade Federal Fluminense), mas tenho o objetivo de me tornar professor e poder passar para outros alunos um pouco de tudo isso que o Instituto me proporcionou", conta Rodrigo, que faz planos de voltar a sua escola de origem: "Imagina eu voltar ao IFF como professor?! Seria uma alegria e também uma forma de retribuir um pouco de tudo que o Instituto tem sido para minha formação profissional e pessoal".

Para o orientador de Rodrigo durante o TCC da graduação, o professor da área de Informática do IFF Itaperuna Roberto Coutinho Júnior, a trajetória dele é uma inspiração e motivo de muito orgulho para o campus.

"Rodrigo sempre foi um aluno esforçado, que não exitava em tirar suas dúvidas e buscar novos conhecimentos, sem se limitar apenas ao conteúdo da sala de aula. Na época do TCC, ele era servidor da área administrativa da Secretaria Estadual de Educação e aproveitou as disciplinas que havia estudado comigo para elaborar um projeto que ajudasse no trabalho desenvolvido na secretaria. Então, a gente percebia que era alguém sempre atento e com uma boa visão de como aproveitar as oportunidades. É um orgulho grande para nós aqui do IFF ver como um aluno que é nossa cria, que veio desde o curso técnico conosco, hoje é também um profissional concursando na área de Informática e segue conquistando cada vez mais oportunidades", ressalta o professor.

O TCC de Rodrigo — "Um sistema de informação gerencial para apoio à gestão em um setor público" — recebeu nota dez em 2017, durante a primeira banca realizada pelo Bacharelado de Sistemas de Informação do IFF Itaperuna. No mestrado em Sistemas Aplicados à Engenharia e Gestão, o estudante pesquisou sobre engenharia de requisitos. Já o doutorado está previsto para começar no fim deste mês, ainda de forma remota. Rodrigo já vinha cursando uma disciplina como aluno especial, desde o ano passado, e está desenvolvendo um projeto na área de ecossistemas de software.

"Quando o IFF chegou a Itaperuna, eu vi uma série de portas se abrindo e que dependia de mim saber aproveitar essas oportunidades. O que digo para quem está começando agora é saber aproveitar e não desistir, porque vale a pena, as recompensas chegam. Não é fácil, mas tudo vai se encaixando com o tempo", conta Rodrigo, que atualmente mora e trabalha em Niterói e cursará o doutorado na cidade do Rio.