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Rodas de conversa discutem temas sociais e patrimônio arquitetônico
Cau na sua cidade
Para a professora e coordenadora dos cursos de pós-graduação oferecidos IFF Campus Campos Centro, Daniela Bogado, o evento CAU na sua cidade "foi excelente, bem dinâmico e plural!" A iniciativa, realizada do dia 25 ao dia 28 de abril dividiu suas atividades entre o campus, a Praça do Santíssimo Salvador e Museu Histórico, ambos no centro de Campos dos Goytacazes.
Daniela esteve à frente da Roda de Conversa sobre Diversidade e Cidadania, um dos eventos que marcaram o fechamento das atividades.
- Enfocou-se na importância da apropriação dos espaços públicos, da participação popular no planejamento e gestão urbana, das reivindicações dos movimentos sociais, da efetivação dos Direitos, de políticas públicas sociais e urbanas com ações afirmativas e segurança pública para nossa cidade ser mais justa, igualitária, plural, democrática, inclusiva e acessível para todas as pessoas, correlacionando urbanismo, gênero e cidadania. Tal cidadania requer efetivação de direitos, considerando as especificidades dos cidadãos - destaca Daniela.
A professora realça também o debate sobre o direito à cidade, em que discutiu-se a questão do empreendedorismo e a importância de se combater violências que as mulheres e LBTQIA+ enfrentam, para ratificar a dignidade humana. Houve ainda a elaboração coletiva de mapa afetivo, considerando trajetos cotidianos de estudantes do IFF. Nele são revelados a mobilidade urbana, os lugares (in)seguros, os lugares de encontro e acolhimento, a acessibilidade emocional, a noção de identidade e pertencimento.
Homenagem - Em desdobramento à Roda de Conversa: Patrimônio Cultural, também realizada na tarde de quinta-feira no praça, os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo Catharina Queiroz e Humberto Neto prestaram uma homenagem à tradicional Sociedade Musical Lyra de Apollo, situada no Centro de Campos dos Goytacazes. Criada em 1870, a entidade teve seu prédio parcialmente destruído por um incêndio em 19 de novembro de 1990. "Nós fizemos uma homenagem ao maestro porque está fazendo 10 anos que nós demos início à obra de restauração da Lira de Apolo. Ele (e músicos da entidade) faz com todo esforço, com recursos próprios."
Na homenagem, Humberto e o maestro da banda, Ricardo de Azevedo, afixaram em uma das paredes do prédio da Lyra uma placa que integra o projeto Patrimônio Goitacá. Nela há um QR Code que remete ao site que leva o nome do projeto, onde se pode viajar pelo rico patrimônio arquitetônico e cultural da cidade, com muitas informações (Veja AQUI).
Patrimônio - Por sua vez, o Patrimônio Goitacá é um projeto que tem história - ele abraça vários outros desenvolvidos pela professora Catharina e seus alunos na pesquisa e extensão. "Eu falo que ele é a célula mãe, e que os outros projetos alimentam essa célula mãe." O agregado mais recente foi aprovado no ano passado, o Preservação digital, projeto de pesquisa idealizado por Catharina e seu colega de curso, o professor Luciano Falcão.
No Preservação surgiu a ideia da placa. "Muitos desses bens culturais possuem a ficha de inventário pronta com todos os detalhes: data de construção, fotos antigas do imóvel, fotos atuais, descrição arquitetônica", detalha Catharina. A primeira placa foi afixada na Academia Campista de Letras, em evento realizado no final de março. A da Lyra ficou definida para o evento do CAU.