Notícias
Robô social desenvolvido no IFF tem pedido de patente solicitado ao (INPI)
Engenharia
Will parece um ursinho de pelúcia com olhos vívidos voltados para quem se aproxima. De repente, o silêncio é quebrado por uma voz infantilizada que faz perguntas simples e estimula respostas de crianças. Boca, cabeça e braços se mexem. Os movimentos da criança podem ser reproduzidos pelo ursinho. A aparência com bichinhos do tipo, encontrados no comércio em parques de diversão, oculta o aparato tecnológico envolvido no projeto: smartphone, pequenos motores, outros dispositivos eletrônicos e comunicação remota.
A voz que se ouve pode ser, por exemplo, de um profissional de psicologia empenhado em interagir com uma criança traumatizada. A forma é lúdica, envolvente e amistosa. O ursinho é fruto de mais uma invenção com pedido de patente que vale como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de estudantes da Engenharia de Controle e Automação, curso oferecido no Campus Campos Centro do IFF. A primeira iniciativa do gênero no IFF aconteceu em março deste ano com a apresentação de um dispositivo que evita desperdício de água em irrigação.
No processo de pedido de patente aberto no INPI, a invenção das estudantes Anna Carolline Pessoa de Mello Bitão e Mayra Mota Medeiros é apresentada como um “Dispositivo robô interativo com comandos remotos e comunicação de áudio e vídeo”. O trabalho é orientado pelo professor pesquisador William Vianna e tem como parceiro institucional o Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG) do IFFluminense, onde foi executado.
Do bem - Na apresentação do projeto, seus criadores demonstram uma das aplicações do invento: a intermediação de profissionais de saúde com “crianças em períodos de reabilitação ou tratamento clínico-hospitalar”. Nesse momento, elas “podem se sentir solitárias ou assustadas”. O ursinho pode facilitar a intermediação quando “o acompanhamento do profissional é necessário, porém o mesmo pode intimidar estes pacientes”. Além da aplicação em hospitais, “o robô pode ser usado em ambientes educacionais, ou seja, em palestras, feiras ou eventos”.
A estudante Mayra Mota diz que realizou um sonho pessoal: “A gente queria fazer algo que impactasse diretamente na vida das pessoas”. Anna Carolline “corrobora: “Will nasceu dessa vontade de fazer o bem, usar a engenharia, os conceitos que a gente aprendeu podendo principalmente ajudar a crianças”.
O robô social e outras três invenções com pedido de patente foram apresentados por estudantes que finalizam o Curso de Engenharia de Controle e Automação, no dia 11 de setembro.