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Pesquisadora defende maior representatividade feminina na academia

Meninas Digitais

Para idealizadoras do projeto, parcerias como as que têm sido feitas com a UENF, são fundamentais.
por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 02/10/2023 12h26, última modificação 02/10/2023 15h46
Colaboradores: Com coleta de depoimentos da bolsista Márcia Valéria da Silva - Bolsista de Desenvolvimento Acadêmico e Apoio Tecnológico, no projeto Vivência do texto jornalístico na Ascom.
Show image carousel A professora Rosana Rodrigues falou sobre o desafio de ampliar a presença feminina em espaços acadêmicos (Foto: Reprodução do Instagram do Meninas Digitais).

A professora Rosana Rodrigues falou sobre o desafio de ampliar a presença feminina em espaços acadêmicos (Foto: Reprodução do Instagram do Meninas Digitais).

   A professora pesquisadora Rosana Rodrigues, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), conversou com Assessoria de Comunicação do Campos Centro (Ascom) após sua participação no workshop Lidera & Empodera, realizado pelo projeto Meninas Digitais do Norte Fluminense no Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF), no dia 26 de setembro. Ela citou, em sua participação no evento, números de pesquisas que indicam que as mulheres ainda estão em minoria, quando se trata dos cargos mais elevados na academia, como os de professores titulares, por exemplo.

   De acordo com a pesquisadora, eleita recentemente primeira reitora da UENF, "isso acontece em todas as universidades e também no próprio CNPq, que atribui bolsas de produtividade em pesquisa para cientistas mais renomados, e os levantamentos mostram que a maioria dessas bolsas hoje são consignadas para os homens". Rosana defende uma discussão aberta sobre a questão visando mudar esse quadro: "quanto mais a gente conhece os números que apontam para essa desigualdade de gênero dentro da Ciência, dentro da academia, mais nós temos o dever de apontar medidas que sirvam para minimizar essas diferenças e essa impossibilidade de as mulheres atingirem os patamares mais elevados", observa ela.

   A ideia de manter um permanente debate sobre os obstáculos e desafios que ainda são colocados para as mulheres visa abrir caminho para que, aquelas "que desejem, possam também se tornarem professoras titulares, bolsistas de produtividade em pesquisas do CNPq, líderes de equipe, líderes de grupo de pesquisa, para que de fato a gente tenha mais representatividade feminina na academia", pontua a professora Rosana. 

   Parceria - A Universidade Estadual do Norte Fluminense é parceira do IFFluminense em diversas atividades acadêmicas. A professora Aline Vasconcelos lembra da convergência de interesses quando da criação do Meninas por ela e a professora Simone Vasconcelos - ambas docentes do Campos Centro. "Quando a gente criou esse projeto, Simone já tinha uma parceria com Rosana na pós-graduação - a gente percebeu nela, na Uenf, um movimento semelhante, uma intenção também de atrair mais meninas e mulheres, de atingir essa igualdade de gênero. Percebemos que o mundo está se mobilizando nesse sentido e que a gente precisa trazer esse movimento mais forte para o Brasil, principalmente para o interior. "

   A professora Simone destaca que "sem parceria a gente não chega a lugar nenhum" e conta que quando esteve na diretoria de pós-graduação procurou a professora Rosana, pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da UENF, "para fazer um alinhamento das nossas ações. Fui muito bem-recebida e conseguimos construir muita coisa interessante juntos, grandes conquistas para as duas instituições. Sem parceiro não há gestão, não há pesquisa, ensino e extensão", enfatiza Simone.