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Projetos trabalham com a Experimentação no Ensino de Ciências

Para escola pública

Eles propõem aulas com experimentos, atividades lúdicas e jogos com temáticas de Ciências Naturais.
por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 21/05/2019 14h36, última modificação 22/05/2019 12h05
Professores e bolsistas dos projetos (Foto: Letícia Cunha)

Professores e bolsistas dos projetos (Foto: Letícia Cunha)

O projeto “Implementação de Práticas Experimentais nas Disciplinas de Ciências e Biologia como Estratégia para Melhoria de Ensino em Campos dos Goytacazes” foi desenvolvido em 2014, estabelecendo o objetivo de divulgar atividades experimentares como metodologia. “Ofereceremos atividades aqui no campus, no laboratório, que é uma oportunidade dos alunos virem para conhecer a instituição; e também promovemos oficinas para a qualificação de professores da rede municipal de Campos. Esse ano já fizemos as oficinas do primeiro semestre”, afirma professora doutora em Biociência e Biotecnologia Luciana Belarmindo da Silva, que coordena o projeto. 

Observando uma demanda na cidade, o projeto “Atividades Práticas Itinerantes como Estratégia de Educação Científica para o Ensino Médio no Município de Campos dos Goytacazes” foi criado em 2015 para propiciar a mesma experiência de atividades fora do IFF. A professora e coordenadora do projeto, Natália Deus de Oliveira Crespo, também doutora em Biociência e Biotecnologia, relata que a partir dessa visita nas escolas, “a comunidade escolar se sente mais motivada, porque os alunos estão no seu próprio ambiente, trabalhamos com uma vertente que não necessita de um laboratório. Os experimentos não precisam de materiais caros, podemos executar experimentos – lógico que pensados e organizados – às vezes numa sala de aula, num pátio. E ir até à escola motiva também os professores a quebrar esse paradigma de que, se eu não tenho um laboratório, eu não posso fazer algum experimento, uma atividade diferenciada com meus alunos”.

Interesse dos alunos - As atividades são adaptadas pra cada nível, baseado no estágio cognitivo do aluno, e as aulas fogem do molde tradicional pela utilização de metodologias alternativas, pois, de acordo com Luciana Belarmindo, “o objetivo não é só divulgar as experimentações e vir fazer. É promover divulgação científica e atuarmos como multiplicadores. Quando a gente oferece oficinas a professores ou quando o professor vem acompanhar a sua turma e ele observa e participa, ele também vai, dali, poder aplicar o que ele aprendeu lá na instituição dele. Sozinhos nós não teríamos capacidade de influenciar o ensino em Campos, como a gente propõe no projeto e temos esse ideal”.

Alunos licenciandos do curso de Ciências da Natureza são convocados para serem bolsistas por editais para ajudar na formação profissional a partir da vivência em sala de aula. Entre os cinco bolsistas em atuação atualmente, Daniele de Paula Martins Barros constata a satisfação dos estudantes diante as experimentações: “Os alunos sempre falam que gostam de aprender, perguntam quando vamos voltar. Tem professores que trouxeram ainda esse mês e já querem retornar. Num momento, eles ficam tão curiosos que começam a perguntar coisas que nem tem a ver com a aula, porque sentem-se motivados. A gente fica muito feliz de ver esse retorno”. A coordenadora Natália Crespo, contudo, se preocupa com o corte de verbas estipulados pelo governo federal para as universidade federais impactar a proposta:

A gente sabe da realidade dos nossos próprios alunos, da necessidade de terem a bolsa, além de ser uma motivação para a atuação deles. Tanto eu quanto a professora Luciana sabemos que os projetos não funcionariam se não tivéssemos os bolsistas. Em termos de material, sempre tentamos adaptar o máximo possível, só que a gente precisa também dessa contrapartida em termos de xerox, materiais alternativos; e a gente já percebe que, muitas vezes, executamos atividades com as nossas próprias verbas, colocando para acontecer diante dessa dificuldade. – explica Natália Crespo.

Mesmo diante do cenário atual, a coordenadora divide um desejo de amplificar o alcance da ação: “A gente quer chegar a um nível estadual, só que o projeto itinerante teve algumas limitações por conta da documentação necessária. Apesar de termos essa barreira do Estado, alguns professores solicitam as nossas visitas”, finaliza Natália.