Nada como começar um curso preparatório para o vestibular ouvindo alguém dizer com propriedade: “É possível”, ou ainda: “Dá certo! Deu certo!” Esse precioso incentivo, dito em uma pequena frase, partiu da mestranda da UFF e voluntária Renata, para uma das turmas do Curso Preparatório Popular Goitacá, oferecido no Campus Campos Centro do IFF. Formada em Geografia na universidade, Renata contou que após ficar um tempo longe dos estudos, pôde rever conhecimentos em um curso preparatório comunitário. Assim, ingressou na universidade e agora cursa o mestrado.

A proposta do Pré-vestibular Goitacá é ajudar quem sonha fazer uma graduação no Instituto Federal Fluminense e em outras instituições. Como explicaram os professores voluntários, há muito conteúdo contextualizado e nas quartas-feiras acontecem rodas de conversa em que os assuntos são os mais variados. Entre os objetivos desse encontro semanal está preparar os futuros vestibulandos para as redações. Mas, também pretende-se contribuir para o crescimento pessoal.

Na acolhida e aula inaugural, os alunos dessa terceira edição do projeto assistiram a um vídeo sobre o IFF e, em especial, o Campos Centro, e participaram  da palestra ministrada pelo diretor de Extensão Pesquisa e Pós-Graduação, o professor Jonivan Coutinho Lisboa. Na abordagem sobre o campus, Jonivan falou, entre outros assuntos, das modalidades de bolsas e auxílios que visam à permanência e promoção dos alunos.

Depoimentos - Entre os 80 jovens oriundos de escolas públicas que iniciaram o curso na tarde desta segunda-feira, 11 de março, destaca-se o exemplo persistente de Emanuel José Pontes: “Anos atrás eu tentei fazer o integrado (curso médio e técnico), mas, infelizmente, não consegui atingir a nota, mas sempre tive vontade de participar de alguma coisa aqui. O Pré-Vestibular Goitacá eu vejo como uma grande oportunidade de poder ingressar, no vestibular, no próprio IFF”.

Um dos estudantes voluntários, Ruan Barreto é aluno do 5º período da Licenciatura em Geografia oferecida no Campos Centro. Ele participa do projeto desde o segundo período, quando era bolsista da Coordenação de Assistência ao Estudante (CAE) e pretende continuar o quanto puder. “É um projeto que acrescenta tanto para os alunos, quanto pra gente que está participando. É um desafio, uma proposta desafiante de ter uma aula transdisciplinar, mas enriquece a gente que está participando”.