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Pesquisa propõe ensino de teatro para potencializar habilidades de alunos autistas

INCLUSÃO

Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado pela aluna Roberta Alves à banca examinadora do Curso de Licenciatura em Teatro.
por Vitor Carletti / Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 17/12/2020 17h06, última modificação 17/12/2020 17h06
A apresentação da pesquisa foi apresentado de forma remota à banca examinadora do Curso de Licenciatura em Teatro.Foto: Divulgação

A apresentação da pesquisa foi apresentado de forma remota à banca examinadora do Curso de Licenciatura em Teatro.Foto: Divulgação

      “Ouvir com outros olhos: assimilações de inclusão da pessoa autista na educação a partir de jogos teatrais” é o título do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado de forma remota pela aluna Roberta Alves nesta quarta-feira, 16 de dezembro, à banca examinadora do Curso de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro. A pesquisa aborda como o ensino do teatro pode ajudar alunos autistas a desenvolverem suas habilidades em sala de aula.

      Roberta desenvolveu a metodologia jogos teatrais de improviso metodizados por Viola Spolin com estudantes do Colégio Pró-Uni. “A prática ativa do professor/professora permite que o estudante no espectro autista seja respeitado, incluído e valorizado. Os jogos teatrais permitem ainda que os autistas desenvolvam habilidades, diminuindo as dificuldades e o preconceito dentro da sala de aula. Por meio dos jogos teatrais improvisacionais se trabalham algumas das principais dificuldades apresentadas por pessoas nessa condição, como a flexibilidade na imaginação, interação social e comunicação. Toda pessoa possui suas próprias características, habilidades e dificuldades singulares, não sendo diferente com estudantes autistas”, explica.

     Segundo dados do Censo Escolar de 2018 divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 105.842 crianças e adolescentes matriculados em escolas das redes pública e privada possuem o Transtorno de Espectro Autista (TEA) e, na maioria das vezes, dividem o mesmo espaço de aprendizagem com estudantes não autistas.

     Para Roberta, a educação no Brasil precisa evoluir para desenvolver o aluno autista. “Ainda hoje as informações a que se tem acesso são extremamente equivocadas, fomentando o capacitismo. Espera-se que a escola contribua na formação do estudante como cidadão/cidadã consciente de seus direitos e deveres na perspectiva de tornar a sociedade mais justa, uma vez que existe um aumento significativo de discentes autistas inseridos no contexto escolar nos últimos tempos.  Nesse novo cenário, a escola precisa promover a construção de valores éticos, a formação de cidadãos/cidadãs conscientes e críticos, de pessoas que saibam participar da vida comunitária e que dão valor ao bem-estar pessoal e coletivo, atuando na construção de um mundo melhor e fundamentado na inclusão. Essa ainda não é a realidade da educação no Brasil”, disse.

     A semana de apresentação de TCCs do Curso de Licenciatura em Teatro ainda teve as pesquisas “A contribuição do artista Drag Queen para as artes da cena: uma poética de corpos desviantes, de autoria de Vitor Belém Inácio, e a “A formação do ator indiano  Kathakali e o teatro na escola: breve estudo e reflexões, desenvolvida pelo aluna Raquel Andrade.