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Meu Nome é Cícero marca no IFF Campos Centro discussão sobre educação
Inclusão
O pequeno produtor rural Cícero Guedes se soma aos vários nordestinos que deixaram seus estados de origem, no caso dele, Alagoas, para buscar uma vida melhor no Sudeste. Guedes conheceu o município de Campos dos Goytacazes, onde se fixou com sua família e passou a participar do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Antes de ser assassinado no campo, em 25 de janeiro de 2013, ele alfabetizou-se, quando já tinha mais de 40 anos. O seu sítio, o Brava Gente, recebia estudantes de áreas como agronomia, interessados na prática da agroecologia, área em que seu proprietário era uma referência.
A história de Seu Cícero chamou a atenção do professor, poeta, autor teatral e ator Adriano Carlos Moura, professor do Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense. O espetáculo Meu Nome é Cícero resulta da pesquisa de Adriano sobre a vida e as lutas do produtor rural e de questões sociais como o direito à terra e à educação. O trabalho será apresentado na abertura do evento, que terá o professor entre os debatedores da roda de conversa que sucederá à encenação, com a participação também das professoras Ana Maria Almeida da Costa (UFF Campos) e Suely Fernandes Coelho Lemos (IFF Campos Centro).
Horizontes de Inclusão tem a coordenação da professora Angellyne Moço Rangel, do Curso de Licenciatura em Letras, oferecido no Campos Centro. Conta ainda com os trabalhos de uma Comissão Organizadora integrada por seis estudantes. A roda discutirá as modalidades Educação do Campo e Educação de Jovens e Adultos, "tendo em vista discutir o direito à educação da classe trabalhadora brasileira, seus enfrentamentos históricos e perspectivas de exercício da cidadania".