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Mestrado em Física emplaca dois finalistas na 6ª Edição do Prêmio Shell de Educação Científica 2019
PÓS-GRADUAÇÃO
Pierre (orientador), Gedmar (finalista) e Renata (coordenadora do mestrado). Fotos: Raphaella Cordeiro
Os alunos Gedmar Carvalho e Rafaella Cruz, do Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física do Campus Campos Centro, do Instituto Federal Fluminense (IFF), estão entre os seis finalistas da 6ª edição do Prêmio Shell de Educação Científica 2019. A premiação irá acontecer no dia 27 de novembro, no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro. Os três primeiros colocados irão ganhar uma viagem para Londres.
Os alunos do mestrado inscreveram seus projetos de pesquisa no Prêmio Shell na categoria “Educação Científica”, que visa à premiação de professores que apliquem projetos inovadores de ensino em Ciências e Matemática em sala de aula.
Gedmar é professor de Física do 9º ano de uma escola de ensino fundamental, em Macaé, e sua pesquisa no mestrado do IFF foi sobre a história da ciência e a experimentação. Ele criou uma sequência didática com etapas sobre os dois assuntos.
“Teve textos mais relacionados à biografia de (Isaac) Newton (físico e matemático), outros mais para obras de Newton, aulas de experimentação usando aplicativo de celular para discutir as leis de Newton”, conta.
"O grande mérito do projeto é dar a essas crianças uma nova expectativa de que é possível fazer ciência, é possível estudar. Não precisa ser um gênio” Gedmar Carvalho, finalista do Prêmio Shell
"Utilizamos questões do Enem, e os alunos tiveram um bom nível de acertos e depois eles avaliaram como positiva a aprendizagem pela UEPS" Rafaella Cruz, finalista do Prêmio Shell
Gedmar disse que a aplicação da sua pesquisa ajudou a dar esperança aos alunos que estudam em uma região onde o tráfico de drogas exerce grande influência na marginalização dos adolescentes.
“A gente viu que os alunos ficaram mais empoderados para entrar na questão científica, de poder pensar em fazer uma faculdade. O grande mérito do projeto é dar a essas crianças uma nova expectativa de que é possível fazer ciência, é possível estudar. Não precisa ser um gênio”, disse.
Sequência interdisciplinar
Já Rafaella desenvolveu uma sequência interdisciplinar chamada de UEPS (Unidade de Ensino Potencialmente Significativa) e aplicou a nova metodologia no programa educacional de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da escola estadual Bento Pereira, em Campos.
“A gente uniu os conteúdos da Física e da Química para serem trabalhados de forma diferenciada. Utilizamos a luz, que é a parte da Física, para identificar elementos químicos, que é a parte da Química para trabalhar o tema espectroscopia (estudo sobre a interação entre irradição e a matéria). Utilizamos questões do Enem, e os alunos tiveram um bom nível de acertos e depois eles avaliaram como positiva a aprendizagem pela UEPS”, disse Rafaella que irá receber, no dia 19 de novembro, às 17h, na Câmara de Campos, uma menção honrosa pelo destaque no prêmio.
“Metodologias inovadoras”, avaliam orientadores
Os orientadores dos alunos finalistas destacaram que as pesquisas desenvolvidas são inovadoras no ensino de Física. O professor Pierre Schwartz Auge orientou a pesquisa de Gedmar. “Uma proposta didática que une história da ciência, experimentação com novas tecnologias. E ele usou uma questão lúdica que foram os jogos. O grande mérito foi ter mesclado esses vários perfis motivacionais”, disse.
Orientador da Rafaella, o professor Wander Gomes Ney disse que o fato de a Rafaella ter cursado no IFF os Cursos de Física e Química ajudaram no desenvolvimento da pesquisa.
“Esse produto educacional da Rafaella ficou bem interdisciplinar com o assunto de Física e Química Modernas, que são assuntos que geralmente não são abordados no ensino médio e utilizou metodologias de ensino diferenciadas”, disse.
Coordenadora do Mestrado em Física, Renata Caldas disse que o objetivo do programa de pós-graduação é elaborar produtos educacionais que sejam testados em sala de aula. “Estamos orgulhosos. Percebemos a dedicação deles. O prêmio é um reconhecimento”, elogiou.