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Materiais produzidos por alunos ajudam a descomplicar ensino da matemática em escolas de Campos

II MOSTRA

Relatórios dos alunos-bolsistas que usaram os materiais em sala de aula mostram que estudantes das escolas públicas e privadas ficaram mais motivados a aprender a disciplina.
por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 09/05/2019 12h35, última modificação 09/05/2019 12h35
Projeto desenvolvido por bolsistas da área de matemática é demonstrado na II Mostra da Bolsa de Apoio.

Projeto desenvolvido por bolsistas da área de matemática é demonstrado na II Mostra da Bolsa de Apoio.

Os alunos do curso de licenciatura de Matemática desenvolveram materiais concretos que vêm ajudando estudantes das escolas públicas e particulares de Campos dos Goytacazes a aprenderem a disciplina de uma maneira mais simples, sem a necessidade da memorização mecânica de fórmulas.

A exposição dos materiais e das metodologias de ensino foi uma das atrações da II Mostra dos Projetos Acadêmicos de Desenvolvimento Acadêmico e Apoio Tecnológico que começou nesta terça-feira, 7 de maio, e terminou quarta-feira, 8 de maio. Outros 60 projetos também foram apresentados por meio de cartazes e tecnologias digitais.

Com o uso de cones, esferas, pirâmides e até um icosaedro, que é uma forma geométrica semelhante a uma bola de futebol, fabricados por uma impressora 3D no Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Matemática (Lemat) do Campus Campos Centro, os alunos-bolsistas, coordenados pela professora Lívia Azelman, ensinaram álgebra, geometria e educação inclusiva.

Os professores perceberam que o interesse dos alunos em aprender a disciplina aumentou. Após as aulas, foram produzidos relatórios que comprovaram a aceitação do método.

"Gostei muito da aula, mesmo não gostando da matéria. Achei bastante interativa e é melhor a aula desse jeito", relata um aluno. Outro estudante acrescenta: "Achei a aula muito dinâmica e os materiais utilizados ajudaram bastante a entender o que estava sendo explicado, pois conseguimos visualizar o que estava sendo dito".

A supervisora do projeto "Organização e Seleção dos Recursos de Ensino e Aprendizagem de Matemática do Lemat: contribuições para o professor", Poliana Rodrigues, explicou que os alunos escreveram o que acharam nos relatórios, mas que seus nomes foram ocultados por serem menores de idade.

"É uma questão burocrática. Para nós, o mais importante é a percepção cognitiva dos alunos. Os benefícios que esses materiais trazem são o que mais importa", disse.

A professora reconhece que é um desafio ensinar a matemática. "O primeiro ganho é motivacional. Com essa proposta do uso dos materiais você ganha o aluno e o faz querer fazer. Todos os conceitos são passados de uma forma menos mecânica, pois a informação fica mais simples de entender e ao mesmo tempo melhor entendida pelo aluno."