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Mais de 500 alunos aumentam desempenho após aulas experimentais de Biologia
EXTENSÃO
A sintonia da teoria com as aulas práticas ajudou 521 estudantes da rede pública de ensino de Campos dos Goytacazes a aumentar o desempenho na disciplina de Biologia.
Os estudantes participaram do projeto de extensão “Implementação de práticas experimentais nas disciplinas de Ciências e Biologia como estratégia para melhoria do ensino público em Campos dos Goytacazes” no período de agosto de 2018 a junho de 2019.
Os resultados foram apresentados na I Mostra de Extensão do Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro realizada em julho. As professoras responsáveis pelo projeto Luciana Belarmindo da Silva e Natália Deus de Oliveira Crespo constataram que fica mais fácil envolver o aluno quando há a interação da teoria com prática. O projeto é feito em parceria com a Coordenação de Ciências da Prefeitura de Campos.
“Nós aplicamos um questionário antes da atividade experimental e depois dela e avaliamos qual foi o ganho conceitual e quantos acertos. Analisamos qual foi a proporção de alunos que tiveram mais de 50% de acertos antes e depois das atividades, mas isso foi feito com alunos que participaram conosco das atividades. Desse ciclo, de 1º de agosto de 2018 a junho de 2019, nós atendemos 521 alunos”, disse Luciana que desenvolve o projeto desde 2014.
Os assuntos desenvolvidos foram: observação de células, microrganismos, alimentos e digestão, reações químicas, botânica, extração de DNA, oficina de meio ambiente e sistema reprodutor.
Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio participaram das aulas experimentais que aconteceram nos laboratórios do IFF Campos Centro e nas escolas.
Segundo o relatório que avaliou o desempenho dos alunos em práticas realizadas nas escolas, antes das aulas experimentais, 4% dos alunos tiveram mais de 50% de acertos. Após as atividades com experimentação, esse percentual saltou para 89%.
Capacitação de professores - Natália disse que o objetivo do projeto é incentivar os professores a experimentarem novas formas de ensino e assim conseguir criar multiplicadores da metodologia de ensino. “A gente não trabalha com atividades só vinculadas ao laboratório. Mostramos para o professor que, ao utilizar materiais de baixo custo, é possível fazer atividade experimental na sala de aula, no pátio ou até no refeitório”, explica.
A aluna bolsista Karinne Ramos conta que o interesse dos estudantes aumenta quando há aula com o uso do microscópio, por exemplo. “É uma atração, porque geralmente eles (os alunos) não têm esse contato em aula tradicional na sala de aula. Ficam bem inseridos na aula."