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IFF participa de campanha de conscientização e tem dia contra o mosquito Aedes aegypti

Zika Zero

Ações de conscientização contra o inseto acontecem nesta sexta-feira, 19 de fevereiro, no campus Campos Centro
por tassia.oliveira@iff.edu.br publicado 18/02/2016 17h18, última modificação 03/03/2016 14h46

Diante dos altos números de casos de zika vírus no país, lutar contra o Aedes aegypti tem sido um dos maiores desafios do governo federal. E com o Ministério da Educação não seria diferente. No campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense, a luta contra o mosquito já está no dia a dia, mas no dia 19 de fevereiro se iniciam oficialmente as ações de conscientização da comunidade interna e externa.

Este é um dos primeiros passos de uma grande campanha de conscientização do MEC, que envolve universidades e institutos federais de todo o país para combater uma das grandes ameaças à saude do brasileiro. Por isso, de 9h às 18h, está programado nos pilotis do campus uma exposição de exemplares vivos do mosquito, a fim de apresentar as quatro fases de sua vida e facilitar a sua identificação em possíveis focos. Além disso, durante o dia, duas escolas municipais poderão participar e aprender um pouco mais sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti.

A exposição é resultado do projeto de extensão “Aedes aegypti: conhecer para combater”, que desde 2008 vai a escolas levar este tema para o dia a dia dos estudantes. Segundo a professora responsável pela projeto, Desiely Gusmão, é fundamental que a população veja como o mosquito é, para que assim fique mais fácil identificá-lo e combatê-lo. “Não se pode cobrar uma ação das pessoas quando elas não conhecem contra o que estão lutando. A dengue faz parte da nossa cultura, então o conhecimento sobre o mosquito que a transmite também deve fazer parte dela”, defende a professora do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza, na área de Biologia.

Na exposição, as pessoas podem conhecer as quatro fases de desenvolvimento do mosquito, que duram cerca de dez dias, ao todo: o ovo, a larva, a pulpa (forma intermediária entre a larva e o adulto) e o mosquito adulto. Além disso, a comunidade também pode aprender como pode controlar a proliferação do inseto, quais os produtos químicos que põem fim aos ovos e larvas, dentre outras coisas. “No fim de cada ação, nós saímos felizes porque vemos que faz diferença. O interesse existe, cabe a nós fornecer essa informação”, acredita Desiely.

Escolas visitam IFFluminense  

Cerca de 20 alunos da Escola Municipal Amaro Prata Tavares estiveram no campus esta manhã para participar do projeto “Aedes aegypti: conhecer para combater”.  Uma das maiores surpresas dos alunos foi descobrir a capacidade do mosquito se reproduzir – a fêmea em um mês pode colocar até 150 ovos – e os lugares inusitados onde o ovo pode se desenvolver, como o bebedouro de cães e o reservatório de água da geladeira.

A aluna Karoline Ribeiro, que cursa o 9º ano na escola do município, tem um cachorro e nem imaginava do risco de reprodução do mosquito na sua própria casa. “Achei interessante saber que em casa mesmo a gente pode combater só com água sanitária. Agora vai ser mais fácil de evitar, vou me empenhar!”, garante a estudante. 

O diretor de Extensão do campus, Jonivan Lisboa, acredita que a interação das escolas com o projeto desenvolvido no IFF traz benefícios para todos:

- A gente acha importante compartilhar esse conhecimento com as escolas do município, já que a nossa região tem muitos casos comprovados de dengue. Isso ajuda a disseminar a cultura para eliminar o mosquito  

Estudantes são do 9º ano da Escola Municipal Amaro Prata TavaresOvos, larvas e exemplares do aedes foram apresentados aos visitantesEstudantes observam larvas no microscópio