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Especialistas discutem o uso medicinal da maconha para tratar doenças
SAÚDE PÚBLICA
Em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado, a regulamentação do uso terapêutico da maconha será debatida por especialistas de diversas áreas do conhecimento no auditório Miguel Ramalho do Campus Campos Centro, do Instituto Federal Fluminense (IFF), nesta sexta-feira, 22 de novembro, a partir das 9h.
O evento é dedicado ao 27 de novembro, data reservada para o Dia Nacional da Maconha Medicinal no Brasil. Professora do Curso de Engenharia de Automação do IFF Campos Centro e uma das responsáveis pelo evento Maconha Medicinal, Alice Mothé disse que pacientes de câncer, fibromialgia e doenças autoimunes, por exemplo, teriam o sofrimento amenizado caso houvesse uma ampliação do acesso à cannabis para uso terapêutico.
A professora disse que o preconceito da sociedade ainda é uma barreira para o Brasil avançar na regulamentação do tratamento.
“A mesa pela manhã vai ser formatada para discutir a questão social e à tarde terá psicólogas que atendem no Capes e médicos que estão envolvidos mais com cuidados ao paciente. Temos algumas parcerias que é Coletivo Finazinha Cannabis, que é um coletivo antiproibicionistas, e o Coletivo Cabrun Cannabis que é um coletivo de pacientes que fazem uso medicinal em Campos. O que todo mundo quer é que haja uma regulamentação, uma discussão. E não que empresas financiem a maconha, mas que o uso medicinal seja ampliado para pessoas que precisam, que o acesso seja fácil”, disse.
Alice tem dois filhos com autismo que estão sendo tratados com o óleo da cannabis (nome científico da maconha). Ela disse que já existem em Campos cerca de 50 pacientes que fazem uso medicinal da planta.
“Faço uso (óleo da cannabis) nos meus dois filhos que são autistas. Eles melhoraram muito o comportamento, o desenvolvimento social, psicológico e cognitivo e a imunidade, o que eles não conseguiam com medicamentos tradicionais”, relata.