O programa CAU na sua cidade, organizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do estado do Rio de Janeiro (CAU) e parceiros, desenvolve nesta quinta-feira, 28 de abril, suas atividades finais em Campos dos Goytacazes. Idealizado para aproximar profissionais, estudantes da área e conselheiros, as atividades foram iniciadas na segunda-feira, 25 de abril, quando aconteceram assinaturas de convênio entre a entidade e o IFF Campus Campos Centro, parceiro do evento no município e sede de parte da programação. 

   Para o coordenador do curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, oferecido no campus, Antônio Godoy, "essa conexão direta entre a academia, os graduandos e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo é essencial". Antonio é autor, juntamente com o também professor do curso Luciano Falcão, e a professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Luciana Soares, do projeto  Athis (Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social).

   A comunidade do assentamento Novo Horizonte é beneficiária do Athis, assim como uma ocupação localizada próxima ao aeroporto Bartholomeu Lyzandro, ambos em Campos dos Goytacazes.  As duas comunidades foram visitadas por inscritos no evento e integrantes do CAU. O Athis visa construir núcleos de arquitetura pública e divulgação de seu princípio, que consiste na busca da cidadania e do direito à moradia a populações desassistidas. O projeto foi contemplado em edital de financiamento do CAU e tem em suas parcerias também a Fundação Pró-IFF. 

   Para Godoy, um dos legados importantes das atividades foi colocar em contato "principalmente os alunos em fim de curso, que já estão ligados ao mercado e os que estão ingressando, ou estão estagiando, que têm a oportunidade de dialogar com o conselho, que é órgão que não só regulamente e fiscaliza, mas que também luta e protege a nossa profissão." 

    Roda de Conversa - Nesta quinta-feira, 28 de abril , será realizada a roda de conversa destacada na arte. Será de 15h às 17h, na Praça do Santíssimo Salvador, no Centro da cidade. A professora do IFF Campus Campos Centro, Daniela Bogado, chama atenção para a "a importância de se dialogar, trans e multidisciplinarmente, sobre a subjetividade no exercício tanto da cidadania quanto do Direito à Cidade, considerando, por exemplo, a perspectiva de gênero, de orientação sexual e das relações étnico-raciais." A professora explica como se dará a atividade:

     - A dinâmica contará com a elaboração de mapa afetivo, considerando trajetos cotidianos que revelam a mobilidade urbana, os lugares (in)seguros e a acessibilidade emocional, bem como a noção de pertencimento. Esta temática relacionada ao Direito à Cidade e aos Direitos Humanos ratifica o que tem sido desenvolvido no IFF, seja no ensino (nos Cursos de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo; de Pós-Graduação Lato Sensu em Cidades e suas tecnologias; de Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologias – PPGAU), seja em Projetos de Pesquisa ou em atividades extensionistas (como as realizadas pelo Ateliê de Pesquisa da Paisagem – APPA e/ou pelo PPGAU).

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