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CA de Geografia promove palestra em que se reflete sobre fascismo e regimes totalitários

Passado e presente

Pesquisador da Universidade Federal Fluminense trata das duas questões presentes na atualidade mundial.
por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 11/07/2019 12h25, última modificação 11/07/2019 12h25
A palestra foi ministrada na quarta-feira, 10 de julho, no Auditório Miguel Ramalho (Foto: Letícia Cunha)

A palestra foi ministrada na quarta-feira, 10 de julho, no Auditório Miguel Ramalho (Foto: Letícia Cunha)

O professor doutor em Ciências Políticas, George Gomes Coutinho, convidado pelo Centro Acadêmico de Geografia Hudson Lobato de Azevedo (CAGEO-IFF), falou sobre pontos que caracterizam o fascismo e seus objetivos, baseando-se na obra “O fascismo eterno”, do escritor italiano Umberto Eco.

– O projeto fascista histórico concreto procura eliminar as diferenças. As diferenças naquela ação não são bem-vindas. Na verdade, a ideia é que o cara parte de um princípio que nós temos uma homogeneidade entre nós, sejamos italianos, alemães ou brasileiros. E aquilo que afasta-se dessa ideia única do que é brasileiro, alemão e italiano tem que ser eliminado, de forma ou de outra – explica George.

O professor esclarece que, em situações de manifestações que buscam padronização de alguma forma, seja na vestimenta ou em seu porte, “as pessoas parecem que deixam de ser um sujeito individual e participam de coreografias em espaço público fantásticas. Você nota que desaparece o indivíduo e começa a fazer parte de uma coletividade robusta. Isso é uma experiência totalitária.” Ele frisa ainda a diferença de totalitarismo para o autoritarismo, pois o segundo “não consegue fazer isso, e muitas vezes, nem tem a pretensão de fazer. (O autoritarismo) consegue é manter o domínio forte do Estado, persegue inimigos de oposição, mas não consegue fazer esse fenômeno estético de todo mundo ficar igualzinho”.