Um ano antes da promulgação da 'Constituição Cidadã', como foi denominada a Constituição Federal de 1988 pelo deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, a Escola Técnica Federal de Campos (ETFC) abria seus portões para que a comunidade pudesse conhecer melhor sua história e atuação na educação pública gratuita e de qualidade. Na abertura da 27ª Semana e da 8ª Mostre-se, na tarde desta quarta-feira, 21 de setembro, o professor Luciano D'Ângelo Carneiro foi homenageado pela criação da Semana em sua gestão. 

   Luciano lembrou que o nome da feira foi escolhido em votação de nomes propostos por alunos. A 1ª Semana do Saber-Fazer-Saber foi criada num contexto de ampliar o acesso aos cursos da ETFC. "Ela tinha algumas observações por trás que eram conceitos. O primeiro era abrir os muros dessa escola para que a cidade viesse visitar. Mandamos ônibus alugados pela escola para percorrer os distritos trazendo alunos de 8ª série daquela época, candidatos ao ensino de 2º grau, a visitar essa escola naquela semana. E aí eu estava construindo o desejo de uma população pobre e muita gente se arvorou com coragem de se candidatar a uma vaga na Escola Técnica", contou ele. 

   Integração - Antes do professor Luciano D´Ângelo, falaram o diretor de Extensão e Cultura do campus, o professor Alex Cabral, o vice-prefeito de Campos dos Goytacazes e presidente da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), Frederico Rangel Paes e o diretor geral do campus, Carlos Alberto Fernandes Henriques. Alex agradeceu ao empenho da comissão organizadora que preparou a 27ª Semana e também a 8ª Mostre-se e ao apoio da direção geral "por ter nos dado toda a condição, tanto de espaço, quanto a parte de gestão financeira para que esse evento acontecesse". 

   O vice-prefeito, Frederico Paes,  destacou em sua fala a importância regional das duas feiras, realizadas pela primeira vez juntas. "É importante essa integração da instituição de ensino, dos alunos, dos professores, trazendo oportunidades para vocês jovens que estão estudando aqui". O professor Carlos Alberto observou que além da integração entre empresas, educadores e estudantes, o momento é também de oportunizar a formação humanística. "A gente entende que o setor produtivo tem de ficar próximo porque o trabalho é a socialização do ser humano, mas o trabalho não pode escravizar, tem de ser uma coisa prazerosa para todos nós. Nessa interação, a escola aprende com a empresa e a empresa aprende com a escola. Gostaria de agradecer as empresas parceiras porque sem elas, a gente não conseguiria realizar" a 8ª Mostre-se.